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segunda-feira, 2 de novembro de 2009

COMUNIDADE LGBT COBRA DIREITO DE RESPOSTA


Representantes do Grupo Dignidade e da Associação Paranaense da Parada da Diversidade (APPAD) estiveram ontem na Assembleia em busca do apoio dos parlamentares na cobrança por direito de resposta e por uma retratação pública do governador Roberto Requião (PMDB). Na última terça-feira, ao convidar o secretário da Saúde, Gilberto Martin, para anunciar ações para o controle de câncer de mama, Requião afirmou que “a ação do governo não é só em defesa do interesse público, é em defesa da saúde da mulher também. Embora hoje câncer de mama seja uma doença masculina também, né? Deve ser consequência dessas passeatas gay (sic)”.

Segundo o Bem Paraná as palavras do governador tiveram ampla repercussão negativa na imprensa nacional. A comunidade LGBT - lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros – cobra de Requião o direito de resposta na reunião semanal do secretariado da próxima semana. “ele nos ofendeu. Cadê os direitos humanos? Ele mete a boca em todo mundo e agora xingou os gays. Quero saber se algum gay ou lésbica vai votar nele depois dessa. Onde está o espírito de fraternidade dele?”, questiona o travesti Andrielly Vogue, que disputou cadeira na Câmara de Curitiba pelo PT nas eleições do ano passado.

Na Assembleia, o deputado Professor Lemos (PT) também disparou contra a atitude do governador. “Uma frase muito infeliz que chegou ao Brasil inteiro. Estamos organizando seminários de combate a homofobia e essa declaração, vinda de uma autoridade como o governador do Paraná, só estimula o crime de ódio. Não combina em nada com a defesa da vida”.

O petista citou que, desde o começo do ano, 19 homossexuais já foram assassinados no Paraná. “Só no ano passado, 190 pessoas foram assassinadas no Brasil por não serem heterossexuais. Não podemos discriminar as pessoas só porque elas têm orientação sexual diferente da do governador”, comentou o deputado.

Lemos lembrou ainda que, último dia 22 de setembro, Requião chegou a ser repreendido pelo próprio secretário de Saúde, por perguntar durante a ‘escolinha’ se haveria toque retal gratuito na Semana da Saúde do Homem de Curitiba. Martin arrancou aplausos da plateia ao usar o microfone para dizer que o comentário não colaborava para conscientizar os homens da importância do exame. “Câncer de mama não tem nada a ver com passeata. Não se pode afastar as pessoas de tratamentos médicos com brincadeiras desse tipo”, completou o deputado.

fonte abalo

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