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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

GRUPO DE TRABALHO LGBTT DA CALUNTAS


Há alguns dias aconteceu mais um ato de discriminação e preconceito, desta vez dentro de uma escola no estado do Rio de Janeiro. Um professor do Instituto de Educação Sarah Kubischek, ao desenvolver um trabalho sobre respeito à diversidade sexual, teve seus cartazes pregados nos murais da escola riçados e pixados com mensagens selvagens como “morram bichas” dentre outras informou o próprio.

O GT-LGBTT - Conlutas diz que em primeiro lugar é preciso parabenizar o professor que levou este debate para dentro dos muros da escola. Iniciativas como esta precisam ser estimuladas e reconhecidas, pois o debate contra a opressão deve estar presente no dia-a-dia da sociedade, e a escola é um lugar privilegiado para esta luta que travamos cotidianamente contra o preconceito.

Contudo, precisamos repudiar este tipo de atitude homofóbica. São frases como esta que respaldam e legitimam os atos de violência que assistimos diariamente contra GLBTs pelo país afora. O mais preocupante é que isso aconteça dentro de uma escola que forma professores.

Neste caso cabe a pergunta: qual o papel da escola? De um lado vemos o pensamento conservador e discriminador que se apropria historicamente deste espaço para reproduzir e disseminar as ideologias das elites dominantes, como a intolerância, o ódio, o machismo, o racismo e a homofobia. De outro lado, vemos alguns bravos trabalhadores da educação conscientes de seu papel, tentando transformar a escola num espaço realmente formador de consciência e emancipador.

Os temas polêmicos de nossa sociedade, os tabus e principalmente as questões que dizem respeito à discriminação e a violência precisam sim ser pautados nas escolas.

É preciso levar para dentro das salas de aula o debate sobre gays e lésbicas, sobre diversidade e respeito e sobre a luta permanente contra a discriminação. Do contrário, estaremos contribuindo para a reprodução de ideologias que, nas formas mais acentuadas, se traduzem em agressão física e moral, violência, preconceito e todo tipo de intolerância.

Cabe às entidades dos movimentos sociais combativos, do movimento LGBTT nacional, aos sindicatos e todos aqueles e aquelas comprometidos com a real transformação social repudiar este ato de ameaça contra os homossexuais do IESK e prestar total solidariedade ao professor que enfrentou o preconceito e colocou nas paredes de sua escola o debate sobre respeito a diversidade sexual finalizou o GT-LGBTT - Conlutas.

abalo

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