
O ano de 2010 mal completou um mês e registros do Grupo Gay de Alagoas revelam que quatro homossexuais e uma travesti já foram assassinados no estado neste ano. Em todo o Brasil, segundo listas de grupos de discussão que reúnem ativistas do movimento homossexual brasileiro, pelo menos treze LGTB foram vítimas fatais de crimes homofóbicos no primeiro mês do ano.
“É muito triste que em um estado tão pequeno como Alagoas a impunidade que ainda impera é a lei do silêncio, que aumenta cada vez mais esse tipo de crime contra a população LGBT, testemunhas não contribuem na coleta de provas, familiares se omitem por vergonha de ter que assumir ou aceitar que a vítima era homossexual e, o pior, as autoridades não se envolvem e nem trabalham na solução dos casos. Em nosso estado, infelizmente, temos que conviver com esse descaso do poder público porque geralmente a maioria das vítimas são homossexuais pobres e anônimos”, desabafa Teddy Marques, presidente do Grupo Gay de Alagoas. Segundo informações de Marques, há mais de uma centena de casos impunes, ocorridos em todo estado, da década de 1980 até o presente momento.
Diante do quadro e com o objetivo de traçar métodos para pressionar as autoridades responsáveis pela segurança pública a agir com maior ênfase e dedicação contra os crimes homofóbicos, militantes dos direitos LGBT de todo o estado se reúnem na sede do Grupo Gay de Alagoas, em Maceió, nesta quarta-feira, dia 3 de fevereiro. Entre as propostas a serem debatidas está a articulação de uma mobilização em avenidas e ruas de grande movimentação, caso as autoridades competentes não assumam imediatamente compromisso de continuidade na apuração dos crimes e consequente punição dos responsáveis.
uol

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