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domingo, 7 de fevereiro de 2010

Educador brasileiro conta bafos de dentro da Opus Dei


Os bafos secretos da organização religiosa ultraconservadora Opus Dei são revelados no livro “Memórias Sexuais do Opus Dei”, de Antonio Carlos Brolezzi. Depois de uma década dedicada à entidade católica, ele decidiu colocar no papel tudo o que viu, sentiu e sofreu por lá. Antônio Carlos é educador matemático brasileiro e professor do IME-USP.

São casos de extrema disciplina e resignação diante da mão forte da Opus Dei como quando era obrigado a usar um macacão antimasturbação, um equipamento se destinava a combater a "doença" que seu confessor diagnosticou como "erotismo mental". E olha que nem era doença, era orientação sexual, desejo.

Além disso, Antonio Carlos conta também de quando era impedido de sair da clausura para visitar sua família e era obrigado a usar o cilício por muitas horas. Nestas memórias, o autor denuncia os mecanismos de dominação, o fanatismo e os abusos religiosos a que os rapazes são submetidos lá dentro.

“O resultado é um livro instigante: é impossível interromper sua leitura. Não porque se detenha em detalhes escabrosos, mas precisamente pela sobriedade, pela verdade que transborda de seus relatos e análises das tenebrosas tentativas de dominação em torno à repressão da sexualidade”, escreve na orelha da obra Jean Lauand, professor titular de Filosofia da USP.

“Memórias Sexuais no Opus Dei”
Autor: Antonio Carlos Brolezzi
Editora: Panda Books
Páginas: 192
Preço: R$ 29,90

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