O vereador Carlos Apolinário (DEM) apresentou na Assembleia Legislativa um projeto de lei que visa impedir a realização da 14ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo na Avenida Paulista.
O projeto foi apresentado na última terça-feira, 23 de março, alguns dias após o prefeito Gilberto Kassab, seu companheiro de partido, ter confirmado a manifestação no local através da publicação de uma portaria.
"Se a Marcha Para Jesus e a festa do Dia 1º de Maio já ocorrem no Campo de Marte [localizado na zona norte de São Paulo], a parada também pode ocorrer no mesmo local, sem prejuízo à rede hoteleira da cidade", argumenta Carlos Apolinário, que é membro da Assembleia de Deus e dono de uma rádio evangélica.
O projeto de Apolinário deve entrar em tramitação na Câmara Municipal a partir desta quinta-feira, 25 de março, como prioridade. Segundo os argumentos do vereador, "três milhões de pessoas numa avenida cheia de leitos hospitalares não é de bom senso". O vereador fez questão de ressaltar também que a parada no ano passado teve "mais de 30 pessoas feridas no evento, bombas".
Entre os casos graves de violência registrados em 2009, está a morte por espancamento do chefe de cozinha Marcelo Campos Barros. O assassinato, entretanto, ocorreu na região central e após o término da manifestação.
Uma reunião que envolveu a Associação da Parada (APOGLBT), a SP Turis, a Coordenadoria de Assuntos de Diversidade Sexual da Prefeitura de São Paulo (Cads) e outros órgãos organizadores da manifestação, em agosto de 2009, também chegou à conclusão que os casos de violência não estavam relacionados com a localização do evento.
Na portaria, publicada no Diário Oficial da Cidade no último sábado, 20 de março, Kassab ainda afirmou que será criada uma comissão que deverá adotar "as medidas" necessárias para que o evento continue na Paulista.
A 14ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo está marcada para o dia 6 de junho.
g.online
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