Com uma medida inédita no Brasil, o estado de Minas Gerais criou uma ala especial para transexuais e travesti em um presídio recém-inaugurado em São Joaquim de Bicas, região metropolitana de Belo Horizonte informou o sifuspesp.org.br.
A ala, criada há um mês, ainda está funcionando em caráter experimental e tem dez celas e 37 presas. Cada cela é para até quatro detentos.
No novo espaço, travestis e transexuais podem deixar o cabelo crescer, o que não era permitido fazer em presídios masculinos. A medida tem como objetivo, além de elevar a autoestima de transexuais e travestis, retirá-las da situação de risco de DST/Aids e de violência.
"E não é a saúde só deles [dos homossexuais]. É de todos os presos que estão ali", diz a transexual Walkiria La Roche, secretária de Desenvolvimento Social de Minas, responsável pela criação da ala. Travestis e transexuais são as principais vítimas de violência sexual nos presídios.
A iniciativa foi um pedido do Centro de Referência de LGBT do estado. Por três meses, La Roche fez reuniões com presos homossexuais e ouviu deles os principais problemas nos presídios.
Caberá à travesti ou à transexual presa dizer que deseja ir para a nova ala. Como o projeto é experimental, não se sabe se o número de vagas será ampliado. Também não está decidido se os presos homossexuais terão direito a visitas íntimas.
abalo
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