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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Colunistas Divã: Para pensar no futuro


Queridas leitoras! Neste final de 2009 quero dizer que foi extremamente compensador escrever nesta coluna e ter recebido retorno tão efetivo de vocês todas que, na verdade, são quem vivem e sofrem as situações que discutimos.

Num mundo onde uma parte de nós humanos tenta de todas as formas existir com dignidade, vemos ainda que atos de preconceito e violência ainda fazem parte de nossa sociedade e de nosso planeta. No nosso país vemos que, apesar das notícias promissoras, vivemos e sofremos as agruras do dia a dia. Sabemos que os discursos do governo não passam de uma ilusão à medida em que percebemos que a pobreza ainda é gritante, que paliativos como “bolsas família” não compensam a falta de educação e o acesso à cultura, que o saneamento básico e as moradias são precárias, que há falta de transporte público, e tantas outras coisas...

Tudo isso promove uma descrença coletiva na felicidade e faz com que situações como a que a maioria de nós vive sejam vistas como secundárias e quase sempre como insignificantes.

Para a maioria do nosso povo, que nunca teve acesso a todas essas condições básicas de existência, fica mais difícil imaginar que aceite as diferenças como algo natural. Sem EDUCAÇÃO ninguém chega a lugar nenhum. Por esse motivo é mais fácil sermos manipulados por estúpidos políticos corruptos que nada mais querem que enriquecer e promover uma feiúra que, aos olhos deles, está oculta, uma vez que eles estão escondidos em seus jatinhos, coberturas e exorbitantes luxos impensáveis.

A grande verdade é que temos que fazer alguma coisa para promover uma sociedade melhor, uma vez que nós somos privilegiadas com um “pouco” mais de acesso à educação e cultura.

Vejo que muitas pessoas estão tentando de todas as formas sair de nosso país para poderem viver de forma mais digna em lugares onde as diferenças são mais bem aceitas e discutidas, o que particularmente me entristece, pois aquelas que aqui ficam terão a difícil tarefa de promover as mudanças necessárias com muito mais afinco.

Me desculpem se estou sendo muito amarga, mas é que me revolto com tamanha inverdade, me revolto em saber que vivemos num país onde pessoas como nós não podem exercer sua cidadania dignamente, uma vez que são excluídas de seus direitos.

Nos vemos em 2010, com esperanças renovadas e prontas, mais do que nunca, para a luta contra toda a discriminação e violência daqueles que estão no poder.

E esta última frase é em apoio aos estudantes que apanharam covardemente em Brasília lutando por um país mais justo.

* Regina Claudia Izabela é psicóloga.

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