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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Saiba mais sobre Frederico II, monarca gay que mudou mapa do mundo


A situação pessoal mais dolorosa na vida de Frederico II da Prússia – fora os castigos corporais e humilhações verbais impostos por seu pai, o "Rei Sargento" Frederico Guilherme I, diante da tropa - deve ter sido o episódio envolvendo o Tenente Hans Herman von Katte.

O Tenente era membro do exército recrutado homem a homem, pelo próprio soberano. Musicista nato, poeta, filósofo, bem apessoado e oito anos mais velho que Frederico, Hans logo se tornou mais que um amigo.

Chegada a idade de casar para dar continuação à dinastia, Frederico se recusou e elaborou um plano com o objetivo de partir para a Inglaterra. Os tenentes Herman von Katte e seu outro amigo Kein, que eram bem relacionados por lá, desacataram as ordens do Rei e ajudaram na fuga, com a cumplicidade da irmã preferida, Princesa Guilhermina.

Julgados por um conselho de guerra, os jovens militares foram presos e condenados. O herdeiro e Kein pegaram pena pesada e Katte foi condenado à morte, com detalhe de crueldade decidido pelo Rei, sabedor do relacionamento de seu filho. A execução foi na Praça Krustin, em frente a uma janela do quarto onde o fugitivo e malsucedido príncipe morava.

Frederico mandou um beijo ao condenado e pediu perdão. Recebeu como resposta uma reverência e as seguintes palavras “Senhor, nada tenho a lhe perdoar”. Encaminhou-se para o cadafalso e foi decapitado. A linda cabeleira loura foi preservada e, durante muitos anos, ornou a tumba do tenente Hatte.

Origem e breve casamento
Frederico nasceu em Berlim no dia 24 de Janeiro de 1712, filho de Frederico Guilherme I da Prússia e de Sophia Dorothea de Hannover. Pertencia à dinastia Hohernzollem.

Após o episódio da morte de Hatte, Frederico acatou a ordem do pai para casar-se com Isabel Cristina, filha de Fernando Alberto de Breunswick (1733), voltando a ser príncipe herdeiro. Passou com a esposa o tempo necessário para consumar a união - alguns relatos falam em poucas horas e que, talvez, nada tenha acontecido entre os nubentes - e retirou-se para o castelo de Rheinsberg.

Ali estudava filosofia e história, fazia seus poemas e mantinha uma correspondência constante com os filósofos franceses, especialmente com Voltaire. A princesa, que era apenas uma figura decorativa - muito bonita, por sinal - aparecia nas solenidades públicas, duas ou três vezes por ano.

Em 1740, morreu o pai carrasco e tudo mudou.

Sans Souci, reduto das artes sem presença feminina

Frederico, agora Rei, amante da música, arte e literatura francesa, era um grande militar. Sua maior habilidade era impedir que exércitos inimigos se aliassem contra ele.

O gosto pelas artes atraiu Voltaire e outros sábios e cientistas franceses, que passaram a frequentar a nova residência real de Sans Souci, mandada construir em Potsdam, em estilo rococó francês.

Foi criado um centro emissor de arte e erudição, frequentado pelas mentes mais brilhantes da Europa. Voltaire ali residiu entre 1750 e 1753. Em maio de 1754, Sans Souci hospedou Johann Sebastian Bach, que escreveu para o monarca sua "Oferenda musical". A presença feminina era vetada.

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