Mande suas críticas e sugestões
amigobocaaberta@gmail.com

terça-feira, 20 de abril de 2010

Reverendo faz reflexão realista sobre os relacionamentos homoafetivos


Muitas pessoas nos procuram para saber o que fazer para se ter um relacionamento feliz e para vencer as dificuldades naturais do relacionamento homoafetivo. Seria bom se tivéssemos a receita para o relacionamento feliz e duradouro, mas este é só mais um dos mitos que trataremos aqui. Existem alguns conselhos que podem ser úteis.Ainda que tenhamos o mesmo sexo, temos de encarar o fato de que somos diferentes e usar essas diferenças a nosso favor e não contra nós. Precisamos festejar a diferença.“Minha outra metade”Duas meias caras podem fazer uma bela cara, duas meias maçãs podem fazer uma bela maçã, mas duas meias pessoas não fazem um casal. Para se ter um casal precisa ter duas pessoas inteiras e diferentes uma da outra.“Fomos feitos um para o outro”No inicio do relacionamento caímos muitas vezes na tentação de procurar as afinidades e negar as diferenças, mas para que este relacionamento seja próspero o casal precisa começar a reconhecer as diferenças.Respeite seu espaço e o espaço do outro tambémNão é preciso abrir mão de todas as coisas que gostava antes do relacionamento e ficar na estreita relação dos interesses comuns. Se você renunciar tudo, pode se tornar um reflexo do outro. No principio, ele pode até gostar, mas, com o tempo vai olhar para o lado e ver a sua própria imagem, sem aquelas qualidades que admirava em você. Não renuncie a tudo, aposte com toda a sua força. Pense bem antes de fazer sua escolha, e quando fizer, invista nela com fé. Discutir a relaçãoAs vezes não é muito saudável esta parte. Algumas pessoas não ficam a vontade em falar sobre os seus sentimentos. Depois de uma briga, um quer conversar e o outro quer abraçar, beijar e transar. Pensa que conversar pode trazer mais briga ainda. Quando o discutir a relação não passa de um monólogo do tipo:“Senta que eu tenho de te falar umas verdades” a melhor coisa é não discutir mesmo. Temos de aprender a suportar frustrações como parte inerente das nossas escolhas. Temos de aprender a tolerar imperfeições. Ser feliz não significa ficar o tempo todo em estado de graça, mas ter um balanço favorável do momento e enxergar uma possibilidade de futuro.E quando a paixão vai embora?A paixão não vai embora, ela vai e volta. Temos de estar atentos porque a paixão depende da surpresa. Relacionamento não é para preguiçoso nem para covarde. É preciso ter coragem de enfrentar mudanças e diferenças.As brigasNinguém precisa procurar brigas, mas também não precisa fugir delas. Não podemos ter medo do conflito. Se a união for sólida, o casal tolera uma palavra atravessada de vez em quando. É falta e não cartão amarelo. Cuidado com os excessos. Tem casal que potencializa ao máximo tudo o que o outro tem de melhor e de pior, oscilando o tempo todo entre momentos de extrema paixão e outros de extrema agressão. Vivem no paraíso ou no inferno. Só não conseguem viver na terra.Os “Modelos”Outra coisa muito importante é entender que somos seres únicos e especiais, não existe ninguém igual neste mundo, nem tampouco existem relacionamentos iguais. Viver buscando corresponder a um “modelo” de relacionamento pode criar sérios problemas. É importante o casal ter em mente a grande oportunidade de escrever sua própria história com liberdade e responsabilidade, casamento é um acordo e deve haver muito diálogo para se estabelecer as “clausulas desse contrato” e ainda ter a liberdade de revê-los quando for necessário. O Casamento é uma construção social que ao longo do tempo teve significativas mudanças e continuará mudando. Na Bíblia, por exemplo, os relacionamentos monogâmicos são raras exceções. Com todos os desafios, o relacionamento é algo muito prazeroso. Viver a dois em uma relação homoafetiva é um desafio muito grande, sobretudo nessa sociedade homofóbica e preconceituosa. Mas temos conquistado muito nos últimos anos e avançaremos, graças a Deus. Reverendo Cristiano Valério, psicoterapeuta, bacharel em Teologia Bíblica Pastoral e pastor coordenador da Igreja da Comunidade Metropolitana no Brasil.www.icmsp.org
pride

Nenhum comentário: