Mais de 300 homossexuais deixaram o Irã desde a reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad, em junho do ano passado.Grande parte dos que abandonaram o país, onde a homossexualidade ainda é punida com pena de morte, buscaram asilo na Turquia, onde esperam por ajuda da ONU para conseguir exilo nos Estados Unidos, Austrália ou em algum país da Europa Ocidental."A coragem da comunidade gay no Irã desde as eleições tem sido inspiradora, mas o governo não tem deixado o ânimo mais leve", declarou Saghi Ghahraman, exilado iraniano que ajuda gays a escaparem do país, ao jornal Washington Post. Segundo a publicação, os gays iranianos refugiados estão dispersos por uma dúzia de lugares “para evitar uma massa crítica em qualquer cidade” da Turquia. Estima-se que mais de quatro mil gays tenham sido assassinados no Irã desde 1979.O cenário repressor do país piorou após Mahmoud Ahmadinejad assumir a presidência em 2005. Desde então virou alvo de diversas organizações internacionais de defesa dos direitos humanos devido suas polêmicas declarações e atitudes. Entre outras coisas, Ahmadinejad já negou a existência do Holocausto, assim como estimulou o genocídio dos judeus.No final de 2007, em visita aos Estados Unidos, Ahmadinejad fez um discurso na Universidade de Columbia no qual afirmou que no Irã não existiam homossexuais. "Nós não temos esse fenômeno. Nossa nação é livre", declarou na ocasião. Um ano depois, o presidente iraniano admitiu que talvez “existam” alguns homossexuais no seu país.Após cancelar visita agendada para maio do ano passado, Mahmoud Ahmadinejad esteve no Brasil em novembro, sob protestos de defensores dos direitos humanos, e foi recebido pelo presidente Lula.
uol
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