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quinta-feira, 15 de abril de 2010

A chuva


CONTO ERÓTICO
A chuva caía fina naquela noite, no final de um dia de calor intenso, cheio de novidades e emoções, que me deixavam cada vez mais excitada com todo aquele clima de descobertas.Estávamos deitadas na cama, nuas, depois de termos feito amor por horas. Entrava pela janela uma brisa suave, de chuva, fazendo com que as cortinas brancas voassem e algumas gotas caíssem sobre nós. Tudo parecia tão tranqüilo, tão mágico, tão surreal... Senti-me invadida por uma paz enorme e, abraçada a ela, acariciava seus cabelos, beijando-a com calma e carinho.Horas e horas fazendo amor, saciando aquele desejo interminável uma da outra, uma para outra, não foram suficientes para amenizar a vontade de estarmos entregues aos carinhos que trocávamos meio sonolentas, meio extasiadas pela explosão de sensações. Havia entre nós mais que um desejo físico, mais que tesão ou vontade. Era complemento, entrega, como se fosse amor de almas que nunca se separaram e precisavam se reencontrar. Uma intimidade inexplicável que a cada toque, carinho e beijo, traziam sensações que jamais tínhamos experimentado antes, nessa forma de dar e receber prazer.A ternura do olhar dela iluminado pelas luzes que vinham lá de fora, me enterneceu a ponto de querer paralisar aquele momento para sempre. De muitos momentos que tivemos, esse foi um dos mais doces naqueles dias que passamos juntas sem não nos importarmos com mais nada, com mais ninguém. Como se no mundo não existisse absolutamente nada que realmente importasse para nós. Ela nua abraçada comigo daquela forma tão delicada, tão minha, tão linda... Me deu ainda mais a certeza da entrega que ia além do contato físico num momento tão nosso.Depois de tantas horas nos amando naquele calor sufocante, sentimos sede. Levantei para buscar água e demorei algum tempo. Ao voltar e entrar novamente no quarto, ela estava ajoelhada na cama, nua, de costas para mim e de frente para a janela aberta observando a cidade e a chuva que caía continuamente com suavidade. O vento, que entrava pela janela, trazia o perfume dela até a mim, misturado com o cheiro que a chuva traz quando cai depois de dias muito quentes, me deixando cada vez mais enternecida com a beleza daquela cena tão envolvente. As luzes lá de fora, a penumbra do quarto, o barulho suave da chuva, as cortinas voando e o corpo dela nu compunha um momento único, do qual jamais esquecerei.Aproximei-me sem que percebesse e abraçando-a por trás, pela cintura, entreguei o copo com água que ela bebeu devagar, enquanto eu acariciava os seios, deslizando as mãos pelos quadris, coxas e virilhas, tocando seu sexo com delicadeza, pressionando o clitóris suavemente, vendo que ela reagia a cada toque fechando os olhos e entreabrindo os lábios num gemido de prazer.A beijava no pescoço e ombros sentindo o cheiro dela que me envolvia numa onda gostosa de prazer e volúpia, me beijando a boca de leve, abraçando de corpo inteiro, me permitindo sentir o toque macio da pele dela na minha.Afastou-se um pouco, me tocando nos seios e no sexo, masturbando, sem parar de me olhar nos olhos, sorrindo o tempo todo para mim. Levou uma das mãos ao sexo, se masturbando, pressionando a mão junto com a minha, gozando nessa carícia mútua, vibrante e sensual. Virou-se novamente de costas deitando de bruços pedindo que a massageasse. Acariciava a bunda (linda) as pernas, o sexo por trás, vendo o quanto estava molhada e quente, excitada com a delícia das carícias que trocávamos, enquanto a tocava sentindo a reciprocidade do prazer que eu também sentia.Nossos corpos encaixados, sentindo o calor, a pulsação do sexo, gozando e fazendo gozar num prazer que parecia infinito, repleto de desejo e sentimento ao mesmo tempo. Beijava seu corpo sugando de leve cada parte até chegar ao sexo e penetrá-la com a língua sem que ela parasse de se masturbar. Minha língua percorria o sexo por dentro e por fora, de cima para baixo, intensamente. Ao mesmo tempo a penetrava com o dedo, alternando os carinhos sem parar, revirando de prazer, mostrando toda a sensualidade que possui, gozando na minha boca, enquanto continuava se tocando até que eu também gozasse, sentindo e me fazendo sentir cada vez mais desejo. Meu corpo ardia de tesão e calor por fazer amor daquela maneira tão intensa, tão plena, num momento tão inesquecível.As horas ininterruptas de amor não pareciam suficientes e não parávamos de nos tocar e beijar continuando as carícias com os corpos colados, exaustas depois de todas as emoções sentidas.Acariciava meus cabelos, me dando beijinhos no rosto, falando belas poesias, como sempre fazia, enquanto me esperava dormir.A chuva continuava caindo lá fora, embalando os meus sentimentos mais íntimos, tornando o momento mágico e meu sono enternecido com a paz inesquecível ao adormecer naquele abraço.
dykerama

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