A senadora Marina Silva, pré-candidata do PV à Presidência da República, resolveu se posicionar sobre a acusação de não ter estendido uma bandeira do arco-íris que recebeu de presente durante a posse do presidente do seu partido em Minas Gerais, Ronaldo Vasconcellos, na última sexta-feira, 9 de abril, em Belo Horizonte.“Quem conhece a minha história e convive comigo sabe que respeito as diferenças e sou defensora da tolerância. Acredito que são posturas essenciais para a construção da ética democrática. Minha voz e meus atos nunca manifestaram ou manifestarão, portanto, qualquer tipo de rejeição a qualquer movimento legitimado por aquilo que costumo chamar de forças vivas da sociedade”, afirma Marina em nota intitulada “O que penso a respeito do movimento LGBTs”, publicada nesta quarta-feira, 14 de abril, em seu site. A nota é uma resposta oficial à repercussão da acusação feita pelo militante gay e vereador de seu partido na cidade mineira de Alfenas, Sander Simaglio. Atual presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Alfenas, Simaglio entregou a bandeira para Marina no evento de Belo Horizonte e, segundo afirma, teria pedido que a erguesse, como símbolo explícito de apoio ao movimento LGBT. A pré-candidata à Presidência confirma ter recebido o presente e ter posado para foto junto com Simaglio, mas alega não se recordar do pedido. “Atendi Sander, como faço com todos os pré-candidatos do PV, para registrar aquele encontro momentâneo. Não me recordo de ter tido qualquer outro diálogo com ele. Logo em seguida, de forma simpática e respeitosa, ele me passou a bandeira que retirou do bolso de seu paletó. Como fiz com tantas outras lembranças que me foram dadas naquele dia – livros, artesanatos e flores –, passei a oferta do vereador para a minha assessoria. Então nos abraçamos, nos despedimos, e não notei nenhum desapontamento de sua parte”, afirma Marina Silva. Simaglio considerou positiva a publiciação da nota sobre o assunto no site, para resolver o mal-entendido. “A assessoria dela achou por bem fazer isso, no sentido de que foi um mal-entendido. Então, na próxima oportunidade que eu tiver, eu vou entregar novamente a bandeira do orgulho gay, e quero ver ela levantar", promete o vereador. Na nota, Marina Silva ainda faz questão de frisar que reconhece a “legitimidade do movimento [LGBT] e de suas reivindicações”. “O Estado deve assegurar a todos – sem distinção – igualdade. As políticas públicas, democraticamente aprovadas pelo Parlamento, e implementadas pelo governo, devem atender a todos”, complementa.
uol
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