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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Armário, carreira e busca espiritual guiam livro autobiográfico de Ricky Martin


Sex symbol latino e admirado por mulheres e gays, o cantor Ricky Martin, 38 anos, fez a alegria da comunidade colorida quando assumiu sua homossexualidade no início do ano. A revelação vinha acompanhada da notícia de que estaria finalizando sua autobiografia - “Eu”, lançada no Brasil pela editora Planeta - o que dava a entender que muito coisa ainda estava por vir. Na publicação, Ricky (ou Kiki, apelido que recebe da família) conta em 299 páginas os meandros que passou na profissão, na família e automaticamente na vida, uma vez que iniciou a carreira muito cedo: participava de comerciais de tevê aos 9 anos e logo entrou para a trupe dos Menudos, sem interromper a carreira artística (somente no ano em que se formou e foi viver em Nova York), seja na música ou como ator.A homossexualidade aparece principalmente em reflexões e em poucas histórias de fato. Não existem nomes (muito menos de famosos). Apenas momentos em que se viu diante de perguntas que incitavam sua homossexualidade, um caso amoroso que quase o fez abandonar tudo e as dúvidas envolvendo a saída do armário.Na verdade, Ricky sempre soube que era gay (“passei muitos anos tentando esconder até de mim mesmo”) e no livro apresenta a busca espiritual, a responsável para se livrar dos fantasmas, assumir-se gay e viver em paz. Para quem é ou já foi fã do cantor, “Eu” é um prato cheio para revelações fofas, de curiosidade, pensamentos, declarações sobre o mais novo ícone da comunidade LGBT. SONHO DE SER MENUDODesde pequeno, Ricky Martin sonhou em integrar ao time de meninos cantores. No livro, ele conta que devido ao preconceito social da época – “achar que homens de verdade não gostam de cantar e dançar” – ele mentia para os colegas e familiares sobre o motivo de querer ser um Menudo. “Quando meus amigos da escola me perguntavam, sempre dizia que era por causa das meninas, do dinheiro e das viagens. Eu deveria ter lhes falado a verdade, mas não tenho a menor dúvida de que iriam caçoar de mim.”Domado com rédeas curtas, ele afirma que o trabalho era intenso para todos os garotos e que eles não podiam sair da risca traçada pelos assessores. Descobriu isso logo na estreia, quando cantou sozinho e andou de um lado para o outro no palco, mexendo-se no ritmo da música. “Quando terminei, o empresário da banda estava nos bastidores e se aproximou gritando: Eu não falei para você ficar parado no palco?!” Com o grupo, ele conheceu de perto o sucesso e aprendeu a ter disciplina. SEXODo grupo de amigos, o cantor foi último a perder a virgindade - com uma menina – e a experiência não foi tão positiva. “Ela era legal, mas minha decisão tinha muito mais a ver com a pressão dos meus amigos. Não havia uma sensação de proximidade entre nós. Lembro-me de ficar com uma sensação do tipo: É só isso? E pensar: É disso que todo mundo estava falando? Urgh! É horrível”.De acordo com Ricky, o problema não foi por se tratar de uma mulher e sim pela falta de proximidade com a garota. Ele garante em outras passagens que foi extremamente apaixonado por muitas mulheres. Entre elas, uma apresentadora de televisão, a quem considerou uma mulher perfeita. “Adorava sentir o corpo dela contra o meu e quando o cabelo dela roçava no meu peito quando ela estava totalmente entregue.” PAIXÃO GAYEmbora tenha se relacionado com muitas mulheres, o grande amor de Ricky Martin – e o único homem digno de uma história mais aprofundada – foi por um locutor de rádio. A paixão entrou em sua vida de uma maneira tão intensa que Ricky pensou até em desistir de tudo, da carreira e do sucesso, só para ficar próximo do amado. “Ele me entrevistou e eu ficava me perguntando: Estou sentindo uma vibração vindo dele ou estou imaginando? A certa altura, quando estava respondendo uma de suas perguntas, olhei firmemente para ele e, quando percebi que não desviou o olhar...Boom! Ele confirmou.”Em uma paixão fofa, Ricky descreve que ambos tiveram uma conexão física intensa e que intelectualmente estavam na mesma frequencia. “À noite, ele ia trabalhar na emissora de rádio, e eu ficava na cama ouvindo a voz dele, enquanto ele me mandava mensagens sutis através das ondas de rádio.”Foi por esse romance que Kiki esteve disposto a se assumir publicamente, tanto que se assumiu para a mãe. “Quando o relacionamento acabou, disse a mim mesmo que talvez esse não fosse o meu caminho. Meu instinto foi me convencer de que ficar com homens era um erro. Tranquei meus sentimentos mais profundamente ainda e comecei a namorar mulheres de novo.”
cultura gls

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