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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

MOVIMENTO LGBT PRESIONA VEREADORA MARLY QUE RETIRE O PROJETO DE LEI PARA ``RECUPERAR LÉSBICAS´´

VEREADORA
MARLY
O Movimento LGBT de Maringá protestou nesta terça-feira (6) na Câmara de Vereadores contra um projeto da vereadora Marly Martin (DEM), que retirava a vaga destinada à AMLGBT no Conselho Municipal da Mulher para por um “representante das entidades de recuperação de prostitutas e lésbicas”. Depois da pressão de membros da AMLGBT (Associação Maringaense de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) a vereadora pediu o arquivamento do Projeto de Lei 9.362/2005, alegando que o assunto já estava vencido. “Esse é um projeto antigo, não sei porque foi colocado na pauta de votação agora. O assunto já foi resolvido”, justificou Marly, que a todo momento evitou comentar a palavra “recuperação”, que consta do texto da pauta. Segundo o Maringay o pedido de arquivamento foi aprovado, mas o argumento da vereadora foi rebatido pelo vereador e médico Heine Macieira (PP). “Aceito o pedido de arquivamento [do projeto], mas a justificativa da Marly não procede, porque não existe entidade de recuperação de gays e lésbicas”, disse Macieira. Em julho deste ano, o Conselho Federal de Psicologia decidiu aplicar uma censura pública à psicóloga carioca Rozângela Alves Justino, que oferecia terapia para que gays e lésbicas deixassem a homossexualidade. Ela infringiu resolução do conselho, de 22 de março de 1999, na qual a entidade afirma que a homossexualidade “não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão”. Em dezembro de 1973 a APA (Associação Psiquiátrica Americana), propõe e aprova a retirada da homossexualidade da lista de transtornos mentais (passa a não ser mais considerada uma doença). EM 1985 o Conselho Federal de Medicina do Brasil (CFM) retira a homossexualidade da condição de desvio sexual. Nos anos 90 o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV) onde são identificados por códigos todas os distúrbios mentais, que serve de orientador para classe médica, principalmente, para os psiquiatras, também retirou a homossexualidade da condição de distúrbio mental. Em 1993 a Organização Mundial de Saúde (OMS) retira o termo “homossexualismo” [que da idéia de doença] e adota o termo homossexualidade. O Conselho Federal de Psicologia (CPF) divulgou nacionalmente uma resolução que estabelece normas para que os psicólogos contribuam, através de sua prática profissional, para acabar com as discriminações em relação à orientação sexual. Antes da sessão, o presidente da AMLGBT, Luiz Modesto, entregou a cada vereador uma nota de repúdio. “Nós, mulheres lésbicas, não necessitamos de entidades de recuperação”, diz um trecho do manifesto. “Ela queria tirar uma cadeira que conseguimos com luta”, disse representante das lésbicas no Conselho da Mulher, Franciele Scopetc, que segurava o cartaz “Marly, sou igual a você”.

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