Um calendário que retrata membros da comunidade gay de Madri está gerando polêmica entre os espanhóis. Tudo porque essas pessoas representam em cada mês do calendário uma obra de arte sacra, que traz principalmente aparições da Virgem Maria. As primeiras 500 cópias desse calendário, que também trazem camisinhas como parte do figurino dos modelos, esgotaram-se no mês do orgulho, em junho. Por conta do sucesso, o Coletivo de Gays, Lésbicas, Transexuais e Bissexuais de Madri (Cogam), autores do polêmico calendário, decidiram fazer uma nova tiragem de 10 mil exemplares, que começa a circular nesta semana, em Madri.Segundo o Cogam, o objetivo da publicação é que os feriados santos sejam substituídos por eventos sociais. O dia 25 de dezembro seria, por exemplo, transformado no dia da democracia. "E porque não?", questionou o presidente do Cogam, Miguel Ángel González, em entrevista à BBC Brasil. "Talvez muita gente prefira comemorar coisas com as que se sente mais identificada, como o dia do meio ambiente ou dia da diversidade."Apesar de garantir que a intenção não é a de ofender os fiéis, um grupo católico, chamado Religião e Liberdade, já está se sentindo ofendido e disse à BBC Brasil que o calendário é uma "ofensa clara e inconstitucional"."Depois de ver cartazes na parada do orgulho gay com fotos do Papa Bento 16 e a frase 'cuidado com o pastor alemão' o que vamos esperar desta gente? É revoltante e me dá vergonha de ser espanhol numa sociedade deste nível."
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Calendário gay de arte sacra gera polêmica na Espanha
Um calendário que retrata membros da comunidade gay de Madri está gerando polêmica entre os espanhóis. Tudo porque essas pessoas representam em cada mês do calendário uma obra de arte sacra, que traz principalmente aparições da Virgem Maria. As primeiras 500 cópias desse calendário, que também trazem camisinhas como parte do figurino dos modelos, esgotaram-se no mês do orgulho, em junho. Por conta do sucesso, o Coletivo de Gays, Lésbicas, Transexuais e Bissexuais de Madri (Cogam), autores do polêmico calendário, decidiram fazer uma nova tiragem de 10 mil exemplares, que começa a circular nesta semana, em Madri.Segundo o Cogam, o objetivo da publicação é que os feriados santos sejam substituídos por eventos sociais. O dia 25 de dezembro seria, por exemplo, transformado no dia da democracia. "E porque não?", questionou o presidente do Cogam, Miguel Ángel González, em entrevista à BBC Brasil. "Talvez muita gente prefira comemorar coisas com as que se sente mais identificada, como o dia do meio ambiente ou dia da diversidade."Apesar de garantir que a intenção não é a de ofender os fiéis, um grupo católico, chamado Religião e Liberdade, já está se sentindo ofendido e disse à BBC Brasil que o calendário é uma "ofensa clara e inconstitucional"."Depois de ver cartazes na parada do orgulho gay com fotos do Papa Bento 16 e a frase 'cuidado com o pastor alemão' o que vamos esperar desta gente? É revoltante e me dá vergonha de ser espanhol numa sociedade deste nível."
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