Depois da polêmica envolvendo um banheiro para LGBT na nova quadra da escola de samba Unidos da Tijuca, Rio de Janeiro, na terça-feira, 4, o diretor de comunicação Bruno Tenório disse em nota enviada ao MixBrasil que a iniciativa não é preconceituosa. E que os próprios homossexuais da escola é que solicitaram a construção do banheiro exclusivo para gays. “O pedido foi feito pelos próprios homossexuais e atendido, pois o nosso objetivo é oferecer um local mais confortável para eles”, justificou Bruno. Dizendo-se surpreso com a reação negativa de militantes LGBT, Tenório garantiu também que, embora o banheiro colorido exista, o uso não é obrigatório, mas opcional. Ou seja, nenhum gay, lésbica ou travesti serão proibidos de frequentar qualquer outro banheiro da escola. “Os transexuais se sentem discriminados. O uso desse banheiro não é uma obrigação e sim mais uma opção.” Para exemplificar o uso, ele compara com o vagão do metrô que é exclusivo para mulheres: “tem um só para elas, mas isso não quer dizer que não possam viajar nos outros.” O banheiro visa facilitar a vida de travestis e mulheres transexuais, que podem ir tranquilamente ao banheiro correspondente ao gênero conquistado, sem sofrer qualquer tipo constrangimento. E de acordo com alguns membros da escola, funcionaria mais como um camarim e que a polêmica é desnecessária. APARTHEID CARNAVALESCO?Na terça-feira, 4, ao saber da construção do banheiro LGBT, o presidente do Conselho Estadual dos Direitos da População LGBT do Rio de Janeiro, Claudio Nascimento, enviou um manifesto contra a iniciativa. “É uma sinalização seríssima de preconceito que pode chegar a violação aos direitos humanos.”Ele chamou o banheiro de “apartheid carnavalesco”. “Em épocas do passado recente, era a segregação racial, agora a teremos a inauguração da segregação ao homossexual?”, questionou.INAUGURAÇÃOA inauguração do novo barracão, que custou cerca de R$1 milhão para a escola, em 10 meses de obra, está prevista para este sábado, 8. Quem deve inaugurar o banheiro gay é o deputado federal Fernando Gabeira, do Partido Verde. Mesmo após as manifestações, não há qualquer intenção de interditar o banheiro LGBT. A identificação é feita pela imagem de um arco-íris logo na porta.
pride
Nenhum comentário:
Postar um comentário