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domingo, 9 de janeiro de 2011

Foram os gays que pediram o banheiro LGBT, justifica representante da Unidos da Tijuca


Depois da polêmica envolvendo um banheiro para LGBT na nova quadra da escola de samba Unidos da Tijuca, Rio de Janeiro, na terça-feira, 4, o diretor de comunicação Bruno Tenório disse em nota enviada ao MixBrasil que a iniciativa não é preconceituosa. E que os próprios homossexuais da escola é que solicitaram a construção do banheiro exclusivo para gays. “O pedido foi feito pelos próprios homossexuais e atendido, pois o nosso objetivo é oferecer um local mais confortável para eles”, justificou Bruno. Dizendo-se surpreso com a reação negativa de militantes LGBT, Tenório garantiu também que, embora o banheiro colorido exista, o uso não é obrigatório, mas opcional. Ou seja, nenhum gay, lésbica ou travesti serão proibidos de frequentar qualquer outro banheiro da escola. “Os transexuais se sentem discriminados. O uso desse banheiro não é uma obrigação e sim mais uma opção.” Para exemplificar o uso, ele compara com o vagão do metrô que é exclusivo para mulheres: “tem um só para elas, mas isso não quer dizer que não possam viajar nos outros.” O banheiro visa facilitar a vida de travestis e mulheres transexuais, que podem ir tranquilamente ao banheiro correspondente ao gênero conquistado, sem sofrer qualquer tipo constrangimento. E de acordo com alguns membros da escola, funcionaria mais como um camarim e que a polêmica é desnecessária. APARTHEID CARNAVALESCO?Na terça-feira, 4, ao saber da construção do banheiro LGBT, o presidente do Conselho Estadual dos Direitos da População LGBT do Rio de Janeiro, Claudio Nascimento, enviou um manifesto contra a iniciativa. “É uma sinalização seríssima de preconceito que pode chegar a violação aos direitos humanos.”Ele chamou o banheiro de “apartheid carnavalesco”. “Em épocas do passado recente, era a segregação racial, agora a teremos a inauguração da segregação ao homossexual?”, questionou.INAUGURAÇÃOA inauguração do novo barracão, que custou cerca de R$1 milhão para a escola, em 10 meses de obra, está prevista para este sábado, 8. Quem deve inaugurar o banheiro gay é o deputado federal Fernando Gabeira, do Partido Verde. Mesmo após as manifestações, não há qualquer intenção de interditar o banheiro LGBT. A identificação é feita pela imagem de um arco-íris logo na porta.
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