A Associação Internacional de Turismo Gay & Lésbico - IGLTA anunciou recentemente o nome de sua nova embaixadora para o Brasil. Marta Dalla Chiesa, sócia-diretora da operadora Brazil Ecojourneys, assume o posto que era de Clóvis Casemiro e fica responsável por supervisionar as ações da entidade em terras brasileiras.
A gaúcha, que começou a trabalhar com turismo nos anos 90 durante uma temporada em Londres, sentiu vontade de voltar ao Brasil e atuar com visitantes estrageiros. Ela veio e sua companheira Lesley Cushing veio junto. Juntas ela abriram em Florianópolis a Brazil Ecojourneys, agência mais que gay-friendly especializada em ecoturismo e roteiros de aventura.
Atuando no preparo para que a capital catarinense receba a convenção anual da IGLTA em 2012, Marta bateu um papo com o Mix sobre a atual situação do turismo LGBT no Brasil e atividades da Associação. Leia:Como você começou seu envolvimento com turismo LGBT?Junto com minha companheira inglesa montei a Brazil Ecojourneys em Florianópolis em 2003. Escolhi especificamente focar no sul do Brasil pois ninguém vendia esta região lá fora naquela época. Foi então que começou nosso envolvimento com o turismo GLS. Com a nossa história pessoal e por trabalharmos essencialmente com mercados muito liberais em relação a questão LGBT, como o norte-americano e o europeu, era óbvio que tínhamos que ser gay-friendly. Então selecionamos fornecedores e criamos nossos produtos já com esta premissa desde o início. Efetivamente nos tornamos a 1ª operadora incoming no sul abertamente gay-owned e gay-friendly. A partir daí fomos nos aproximando de parceiros e associações que lidavam com este segmento, como a ABRAT GLS e a IGLTA.Quais os maiores desafios do turismo gay no Brasil?O turismo GLS tem uma direta relação com a visibilidade de gays e lésbicas e com direitos LGBT. Ele surgiu no Brasil conforme fomos “saindo do armário” e nos fortalecendo como comunidade. Então, quanto mais friendly o Brasil se tornar, mais turismo GLS teremos. Por isso ainda podemos esperar por um crescimento muito forte, pois caminhamos, ainda que a passos muito lentos, na direção de direitos plenos como ocorre em todo o mundo. Acho que o desafio a curto prazo é ainda a desmistificação do segmento e a capacitação do trade turístico em geral para realmente receber bem a gays e lésbicas. Isto já esta acontecendo - temos tido cada vez mais interesse no trade do segmento. Em nível internacional o desafio será, como em outros segmentos, uma boa promoção do Brasil como destino GLS. Felizmente o Governo Federal está mostrando interesse e este novo acordo de parceria da ABRAT GLS com a EMBRATUR será um passo gigantesco neste sentido. A IGLTA é parceira da ABRAT GLS e vai dar todo o apoio ao nosso alcance.Como você classificaria a visão que o turista homossexual de outros países tem do Brasil?O Brasil é um pais mágico na imaginação de todo o turista e isto não é diferente para o turista gay. Eu participo muito de feiras internacionais e o que mais ouço das pessoas é que sonham um dia em vir ao Brasil. A imagem é ainda de sol e praias lindas, baladas e um povo receptivo, porque foi assim que o Brasil sempre foi vendido. Mas a cada dia o mercado gay e lésbico internacional se diversifica e se sofistica mais. Podemos também oferecer para o turista gay natureza, ecoturismo, cultura e até resorts para lua-de-mel.Quais atividades da IGLTA estão em andamento no Brasil?O nosso principal papel é auxiliar nossos associados a serem bem sucedidos neste mercado. Então, vamos tentar aproximar os nossos atuais membros para que se beneficiem mais da Associação. Neste sentido, esperamos ter alguns encontros regionais ao longo do ano para aumentar o networking interno dos associados da IGLTA no Brasil. Como mencionei estamos nos aproximando bastante da ABRAT GLS. Já somos apoiadores da CIT GLS em São Paulo e no 2º semestre estaremos juntos promovendo o Fórum Internacional de Turismo da ABRAT GLS no Rio de Janeiro e também no Salão de Turismo GLS do Festival de Turismo de Gramado.Florianópolis será sede da convenção internacional da ILGTA em 2012. Como a cidade está se preparando para o evento?Florianópolis já está trabalhando neste sentido já há alguns anos. Houve encontros de turismo LGBT, workshops de capacitação pela ABRAT GLS e Ministério de Turismo, além do próprio Simpósio da IGLTA no ano passado, realizado por um trabalho conjunto de varias entidades do setor turístico local. Inclusive a escolha da cidade pela IGLTA foi um reconhecimento deste esforço. Mas com certeza, o trade turístico vai se profissionalizar ainda mais até lá. A IGLTA também vai estar presente neste período dando consultoria e fazendo visitas técnicas para que o evento seja um sucesso. Este sucesso será fundamental para a imagem do turismo GLS brasileiro no mercado internacional, portanto vamos todos trabalhar muito neste sentido.
A gaúcha, que começou a trabalhar com turismo nos anos 90 durante uma temporada em Londres, sentiu vontade de voltar ao Brasil e atuar com visitantes estrageiros. Ela veio e sua companheira Lesley Cushing veio junto. Juntas ela abriram em Florianópolis a Brazil Ecojourneys, agência mais que gay-friendly especializada em ecoturismo e roteiros de aventura.
Atuando no preparo para que a capital catarinense receba a convenção anual da IGLTA em 2012, Marta bateu um papo com o Mix sobre a atual situação do turismo LGBT no Brasil e atividades da Associação. Leia:Como você começou seu envolvimento com turismo LGBT?Junto com minha companheira inglesa montei a Brazil Ecojourneys em Florianópolis em 2003. Escolhi especificamente focar no sul do Brasil pois ninguém vendia esta região lá fora naquela época. Foi então que começou nosso envolvimento com o turismo GLS. Com a nossa história pessoal e por trabalharmos essencialmente com mercados muito liberais em relação a questão LGBT, como o norte-americano e o europeu, era óbvio que tínhamos que ser gay-friendly. Então selecionamos fornecedores e criamos nossos produtos já com esta premissa desde o início. Efetivamente nos tornamos a 1ª operadora incoming no sul abertamente gay-owned e gay-friendly. A partir daí fomos nos aproximando de parceiros e associações que lidavam com este segmento, como a ABRAT GLS e a IGLTA.Quais os maiores desafios do turismo gay no Brasil?O turismo GLS tem uma direta relação com a visibilidade de gays e lésbicas e com direitos LGBT. Ele surgiu no Brasil conforme fomos “saindo do armário” e nos fortalecendo como comunidade. Então, quanto mais friendly o Brasil se tornar, mais turismo GLS teremos. Por isso ainda podemos esperar por um crescimento muito forte, pois caminhamos, ainda que a passos muito lentos, na direção de direitos plenos como ocorre em todo o mundo. Acho que o desafio a curto prazo é ainda a desmistificação do segmento e a capacitação do trade turístico em geral para realmente receber bem a gays e lésbicas. Isto já esta acontecendo - temos tido cada vez mais interesse no trade do segmento. Em nível internacional o desafio será, como em outros segmentos, uma boa promoção do Brasil como destino GLS. Felizmente o Governo Federal está mostrando interesse e este novo acordo de parceria da ABRAT GLS com a EMBRATUR será um passo gigantesco neste sentido. A IGLTA é parceira da ABRAT GLS e vai dar todo o apoio ao nosso alcance.Como você classificaria a visão que o turista homossexual de outros países tem do Brasil?O Brasil é um pais mágico na imaginação de todo o turista e isto não é diferente para o turista gay. Eu participo muito de feiras internacionais e o que mais ouço das pessoas é que sonham um dia em vir ao Brasil. A imagem é ainda de sol e praias lindas, baladas e um povo receptivo, porque foi assim que o Brasil sempre foi vendido. Mas a cada dia o mercado gay e lésbico internacional se diversifica e se sofistica mais. Podemos também oferecer para o turista gay natureza, ecoturismo, cultura e até resorts para lua-de-mel.Quais atividades da IGLTA estão em andamento no Brasil?O nosso principal papel é auxiliar nossos associados a serem bem sucedidos neste mercado. Então, vamos tentar aproximar os nossos atuais membros para que se beneficiem mais da Associação. Neste sentido, esperamos ter alguns encontros regionais ao longo do ano para aumentar o networking interno dos associados da IGLTA no Brasil. Como mencionei estamos nos aproximando bastante da ABRAT GLS. Já somos apoiadores da CIT GLS em São Paulo e no 2º semestre estaremos juntos promovendo o Fórum Internacional de Turismo da ABRAT GLS no Rio de Janeiro e também no Salão de Turismo GLS do Festival de Turismo de Gramado.Florianópolis será sede da convenção internacional da ILGTA em 2012. Como a cidade está se preparando para o evento?Florianópolis já está trabalhando neste sentido já há alguns anos. Houve encontros de turismo LGBT, workshops de capacitação pela ABRAT GLS e Ministério de Turismo, além do próprio Simpósio da IGLTA no ano passado, realizado por um trabalho conjunto de varias entidades do setor turístico local. Inclusive a escolha da cidade pela IGLTA foi um reconhecimento deste esforço. Mas com certeza, o trade turístico vai se profissionalizar ainda mais até lá. A IGLTA também vai estar presente neste período dando consultoria e fazendo visitas técnicas para que o evento seja um sucesso. Este sucesso será fundamental para a imagem do turismo GLS brasileiro no mercado internacional, portanto vamos todos trabalhar muito neste sentido.
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