O jornal americano "The Washington Post" publicou nesta quinta-feira (25) no blog do jornalista Jeff Stein, sobre inteligência e espionagem, que uma unidade especial da agência de inteligência americana, a CIA, chegou a cogitar um plano secreto de "montar" uma farsa mostrando Saddam Hussein como sendo homossexual durante a invasão do Iraque, em 2003.
A ideia era de criar um vídeo mostrando o ditador mantendo relações sexuais com um menino adolescente, de acordo com dois ex-oficiais da CIA envolvidos pelo projeto, diz o jornal.
"Seria como se as imagens tivessem sido feitas por uma câmera escondida, como se fosse uma filmagem secreta de uma sessão de sexo", disse um dos oficiais ao "Washington Post".
A ideia envolvia um plano de distribuir várias cópias dos vídeos por todo o país.
Outro plano secreto, de acordo com o jornalista Jeff Stein, seria o de interromper a programação de televisão iraquiana com um boletim de notícias falso. Um ator representando o ditador anunciaria sua renúncia em favor de seu próprio filho, Uday Hussein, muito reverenciado no Iraque.
"Tenho certeza de que vocês darão seu apoio à Sua Excelência Uday", diria o ator, segundo o jornal.
Falta de acordo
Após muitas ideias parecidas, a unidade especial da CIA desistiu de botar em prática as ideias, por não conseguir chegar num acordo sobre qual iniciativa seria a melhor a ser implementada.
A unidade chegou a fazer um vídeo mostrando Osama bin Laden e seus parceiros sentados ao redor de uma fogueira com garrafas de bebida alcoólica, tentando seduzir garotos, disse um dos oficiais ao "Washington Post".
Os atores teriam sido escolhidos dentre os "funcionários de pele mais escura" da unidade, disse o oficial.
As ideias nada convencionais também sofreram forte oposição de James Pavitt, na época o chefe da Divisão de Operações da CIA, e seu vice, Hugh Turner, que seguidamente manifestaram-se contra ações do tipo.
As ideias eram obviamente "ridículas", opinou um dos oficiais ao "Post".
"Elas vinham de pessoas que tinham passado a maior parte de suas carreiras na América Latina ou Leste Asiático e não entendiam as nuances culturais da região", disse.
Um dos oficiais ouvidos pelo jornal em condição de anonimato acrescentou ainda que mesmo que as iniciativas tivessem sido colocadas em prática, não teriam funcionado para os padrões culturais da região.
"Saddam brincando com meninos não teria ressonância alguma no Oriente Médio -- ninguém se importa. Tentar montar uma campanha como esta mostraria uma falta de compreensão sobre o alvo. Nós sempre levamos em conta nossos próprios tabus como sendo universais, quando, na verdade, eles são apenas nossos tabus", disse.
De acordo com a matéria publicada pelo "Washington Post", outras histórias sobre as operações de inteligência cogitadas em 2003 foi a de enviar mensagens por fax a diversos comandantes do Exército iraquiano, dizendo-lhes que a situação era desastrosa, que não havia esperanças e que eles deveriam se render e ir para casa.
A ideia era de criar um vídeo mostrando o ditador mantendo relações sexuais com um menino adolescente, de acordo com dois ex-oficiais da CIA envolvidos pelo projeto, diz o jornal.
"Seria como se as imagens tivessem sido feitas por uma câmera escondida, como se fosse uma filmagem secreta de uma sessão de sexo", disse um dos oficiais ao "Washington Post".
A ideia envolvia um plano de distribuir várias cópias dos vídeos por todo o país.
Outro plano secreto, de acordo com o jornalista Jeff Stein, seria o de interromper a programação de televisão iraquiana com um boletim de notícias falso. Um ator representando o ditador anunciaria sua renúncia em favor de seu próprio filho, Uday Hussein, muito reverenciado no Iraque.
"Tenho certeza de que vocês darão seu apoio à Sua Excelência Uday", diria o ator, segundo o jornal.
Falta de acordo
Após muitas ideias parecidas, a unidade especial da CIA desistiu de botar em prática as ideias, por não conseguir chegar num acordo sobre qual iniciativa seria a melhor a ser implementada.
A unidade chegou a fazer um vídeo mostrando Osama bin Laden e seus parceiros sentados ao redor de uma fogueira com garrafas de bebida alcoólica, tentando seduzir garotos, disse um dos oficiais ao "Washington Post".
Os atores teriam sido escolhidos dentre os "funcionários de pele mais escura" da unidade, disse o oficial.
As ideias nada convencionais também sofreram forte oposição de James Pavitt, na época o chefe da Divisão de Operações da CIA, e seu vice, Hugh Turner, que seguidamente manifestaram-se contra ações do tipo.
As ideias eram obviamente "ridículas", opinou um dos oficiais ao "Post".
"Elas vinham de pessoas que tinham passado a maior parte de suas carreiras na América Latina ou Leste Asiático e não entendiam as nuances culturais da região", disse.
Um dos oficiais ouvidos pelo jornal em condição de anonimato acrescentou ainda que mesmo que as iniciativas tivessem sido colocadas em prática, não teriam funcionado para os padrões culturais da região.
"Saddam brincando com meninos não teria ressonância alguma no Oriente Médio -- ninguém se importa. Tentar montar uma campanha como esta mostraria uma falta de compreensão sobre o alvo. Nós sempre levamos em conta nossos próprios tabus como sendo universais, quando, na verdade, eles são apenas nossos tabus", disse.
De acordo com a matéria publicada pelo "Washington Post", outras histórias sobre as operações de inteligência cogitadas em 2003 foi a de enviar mensagens por fax a diversos comandantes do Exército iraquiano, dizendo-lhes que a situação era desastrosa, que não havia esperanças e que eles deveriam se render e ir para casa.
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