Na última quinta-feira, 27, cerca de 300 pessoas participaram de um beijaço gay na Universidade de Brasília. Com cartazes que pediam o fim do preconceito contra homossexuais, o grupo se concentrou no Ceubinho, passou pela Faculdade de Tecnologia e terminou na reitoria da instituição. Durante o trajeto, a turma colorida terminou sendo confrontada por um grupo de cinco pessoas que carregavam cartaz escrito "Orgulho Hétero". "Não sou contra os homossexuais, sou a favor dos heterossexuais", disse um dos estudantes. Depois de um bate boca, o protesto gay seguiu até a Faculdade de Tecnologia, onde foram colados adesivos coloridos nas portas dos centro acadêmicos. De acordo com Luiza Oliveira, aluna de Ciências Sociais, o prédio concentra cursos que usam trotes para incentivar o machismo e preconceito. Seguindo para a reitoria, uma estudante que preferiu não se identificar afirmou ter recebido ameaças por telefone. "Era voz de um homem, que me chamou de lésbica, disse que sabe meu nome e que vai me espancar para eu aprender", disse a jovem. Ela procurou a 2ª DP para registrar a ocorrência, mas não conseguiu por conta da greve dos policiais civis. "Não vou deixar de tomar as devidas providências", garantiu a moça.O beijaço terminou com um encontro entre os manifestantes e o chefe de gabinete do reitor, professor Wellington de Almeida, a Decana de Assuntos Comunitários, professora Rachel Mendes e o assessor da Juventude, Rafael Barbosa. O grupo exigiu que a UnB se manifeste publicamente contra a homofobia e, segundo Rachel Nunes, as solicitações serão debatidas em reuniões futuras.
pride
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