O presidente de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, sancionou na última segunda-feira, 17 de maio, a lei que permite o casamento homossexual no país. O presidente adiou durante várias semanas a promulgação da lei, aprovada pelo parlamento em janeiro, e anunciou a sanção em mensagem à nação na qual ressaltou que “há momentos na vida de um país no qual a ética da responsabilidade tem que se colocar acima das convicções pessoais”.O comentário se refere ao fato de Cavaco ser católico praticante e o anúncio da legalização acontecer alguns dias após o papa Bento 16 finalizar sua visita ao país. Diante do debate em Portugal sobre a lei, o pontífice criticou publicamente o casamento entre pessoas do mesmo sexo. O conservador Cavaco Silva ressaltou ainda ter decidido pela sanção pois não pretendia "alongar inutilmente este debate", já que se optasse por devolvê-la ao parlamento só adiaria mais o debate, mas a lei entraria em vigor de qualquer forma, já que a coalizão de esquerda manteria, como já declarado, sua postura em defesa do casamento homossexual. Apresentada pelo governo socialista, a lei foi aprovada pelo parlamento com votos favoráveis do Partido Socialista, do Partido Comunista de Portugal, do Bloco de Esquerda e do ecologista Os Verdes. A principal força de oposição, o Partido Social Democrata, do qual Cavaco é líder histórico, e o também conservador Centro Democrático Social-Partido Popular, foram contra o casamento.Com a aprovação, Portugal se torna o sexto país europeu a permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo junto com Bélgica, Holanda, Espanha, Suécia e Noruega.
uol
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