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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

No tempo certo

CONTO ERÓTICO
O telefone costuma tocar sempre em horas impróprias. Basta a gente ligar o chuveiro para tomar banho, estar no banheiro na hora que não dá para interromper ou começarmos a fazer amor, que pimba! Olha a máquina do inferno com sua campanhia diabólica tocando!Naquela noite ela tinha chegado do trabalho e eu estava no escritório terminando de digitar uns textos em tamanha concentração que não a ouvi entrar, me pegando de surpresa quando me deu aquele delicioso "boa noite" acompanhado do sorriso mais lindo que já vi na vida. Larguei tudo o que estava fazendo na hora. Cada segundo ao lado dela era imprescindível e não queria desperdiçar nenhum. Levantei para beijá-la e me abraçou cheirando meu pescoço colocando os cabelos atrás das orelhas para poder me beijar com as mãos segurando meu rosto.Encostei na mesa e entre minhas pernas ela se aconchegou no me abraço pedindo carinho toda dengosa. Beijava minha boca fazendo meus óculos embaçarem e eu retribuía ao carinho enquanto tirava para colocá-los em cima da mesa.Ficamos uns cinco minutos ali naquele abraço delicioso conversando sobre os acontecimentos sem novidades do dia que passamos longe. Peguei-a pelas mãos beijando as palmas e a levei até o sofá tirando suas sandálias e beijando seus pés enquanto os massageava. -"Quero te namorar hoje" - ela me dizia deitando nos meus braços e se aninhando no meu peito passando a mão suavemente no rosto.O sofá laranja, as calças pretas, o calor do corpo junto ao meu, tão meu... Na ternura de todo aquele afeto retribuía o carinho com um amor profundo e puro.Ríamos de bobeiras trocando carícias. Seios, sexo, barriga, cabelos, rosto, beijos... Um tesão suave, sem pressa, no sofá confortável do escritório cheio de livros, vinis e toda a parafernália de trabalho, souvenires, bolas de tênis, fotos, cheiro de livro guardado e o sorriso lindo dela iluminando minha alma com doçura e paz.Levantamos e ficamos abraçadas indo sem nos soltarmos para o quarto, tirando as roupas pelo caminho num afobamento danado, falando enquanto nos beijávamos. "Preciso tomar banho" - Tá, eu também. - "Fica no banheiro me olhando?" - Fico. - Touca no cabelo, o corpo nu, o barulho da água, o cheiro do sabonete nas mãos que deslizavam pelo corpo que eu tanto desejava tocar. Nossa intimidade compartilhada num momento tão simples e inesquecível! A água escorrendo pelo corpo dela e o amor da minha alma apaixonada pela beleza do ser que me completava com perfeição.Vestiu a camiseta que adoro e a calça sem calcinha folgada e molinha para deixar tudo mais fácil de ser tocado. Olhava-se no espelho do banheiro e eu a beijava no pescoço sentindo o cheirinho do frescor do banho recém tomado abraçando-a por trás, deslizando as mãos pelos seios e pela barriga por baixo da blusa. Arrepiada parou o que estava fazendo, fechou os olhos, sentindo o carinho das minhas mãos que entravam pelo cós da calça tocando o sexo úmido pelo desejo que ela queria sentir com mais intensidade. Eu a olhava pelo espelho passando a língua pela orelha e pelo pescoço massageando a nuca com a mão cheia do óleo cheiroso que ela passava pelo corpo. Virou-se para mim abrindo os olhos e mordendo a boca num sorriso deliciosamente safado me puxou para a cama em silêncio sem parar de sorrir. - Peraí, preciso tomar banho também. - "Não! Seu cheiro tá maravilhoso! Vem".Na cama continuamos o carinho cheio de intimidade, nos olhando, nos tocando, nos sentindo em silêncio. Às vezes falávamos algo, mas não era necessário.A luz do abajur no olhar dela me dava uma paz sem igual. Acariciava minha barriga descendo e me tocando o sexo, masturbando com a intensidade exata, tirando minha blusa para beijar meu corpo, mordendo, chupando, sem parar de me tocar. Tirei a blusa e a calça e ela deitada de lado me tocava separando as pernas para que pudesse tocá-la também.O clitóris delicado pulsava no deslizar da minha mão na umidade do sexo. Separei-o delicadamente com o dedo tocando entre os lábios onde mais sentia prazer. Gemia se movimentando, colocando a língua na minha boca e sussurrando entre sorrisos as loucuras do desejo que estava sentindo. Parou de me tocar e beijar e ajoelhou na cama segurando na guarda ficando com o sexo em direção da minha boca para que eu a chupasse. Com a língua a penetrava sentindo o gosto bom dela enquanto subia e descia gemendo baixinho de prazer. Segurava a bunda obrigando-a a descer para chupá-la melhor e tocar o clitóris com a ponta da língua e acariciá-la por trás. Gozou na minha boca sem parar de se movimentar e quando ia gozar de novo o telefone tocou. Ela parou, deu um sorriso, passou o sexo mais uma vez na minha boca e deitou de lado para atender ao telefone.Morrendo de tesão e vontade de gozar também a abracei por trás enquanto ela conversava ao telefone tentando controlar a voz e a respiração alterada por causa do desejo. Com ela deitada de costas nos meus braços enterrei meu rosto no perfume dos seus cabelos passando a perna por cima do quadril dela, me tocando em silêncio, respirando o cheiro e o calor do corpo no meu aumentando o ritmo do toque e a intensidade do abraço. Ela continuava falando ao telefone com a voz e a respiração cada vez mais controladas. Tirou o edredom que nos cobria e o frio no calor dos nossos corpos trouxe um arrepio suave. O orgasmo de olhos fechados respirando a suavidade do seu cheiro foi intenso me deixando quase sem ação por um tempo mesmo depois que ela desligou o telefone e se virou para mim com os olhos de espanto me abraçou perguntando à gargalhadas: "Que iiiiisso?". Continuamos a namorar curtindo a intimidade e entrega como nunca tivemos tempo de curtir.O amor não acabou muito menos o desejo, mas sinto que houve alguma coisa em algum ponto como uma ligação que interrompe de repente algo que estamos fazendo e que não devíamos interromper.Eu a amo de verdade e vou esperar por ela assim como esperava ouvir sua voz todos os dias numa ansiedade gostosa que me fazia pulsar de emoção.Eu espero o momento exato e o tempo certo.
dykerama

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