Em meio a 404 candidatos, a transexual venezuelana Tâmara Adrian, de 56 anos, se arrisca a uma das nove vagas de juíza no Tribunal Supremo de Justiça. Tâmara é professora há 30 anos em duas universidades da Venezuela e com doutorado em Paris. “É preciso preencher os espaços. É importante que uma mulher transexual, lésbica e feminista se candidate", disse a professora à Folha. A escolha será feita no próximo mês pelos deputados da Assembléia Nacional.A possibilidade de Adrian se escolhida, de acordo com as publicações locais, é pequena, uma vez que os chavistas devem escolher nomes alinhados ao governo. Mesmo assim ela diz que “vale a pena por à prova as instituições.”“Não tenho nenhuma esperança porque essa Assembléia é muito, mas muito, mas muito homolesbotransfóbica. Tiraram a questão de equidade de gênero de todos os projetos. Essa é uma resolução altamente conservadora”, diz. A ativista de direitos humanos torce para que algum organismo apresente uma objeção à sua candidatura. “Seria uma grande oportunidade de por às claras a discriminação. Tenho um currículo que é superior ao de 99% das pessoas que se candidataram, sem falsa modéstia.”
pride
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