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quarta-feira, 16 de junho de 2010

Transexual comenta convivência com jogador de futebol em reality show


Ao lado do jogador Vampeta, a transexual Adriana Suzuki, de 25 anos, foi uma das integrantes do quadro “Os opostos se atraem”, do Programa Eliana (SBT). Claramente baseada em referências anteriores, Adriana e Vampeta conseguiram quebrar preconceitos e mostraram que é possível, sim, um contato harmônico e amigável entre uma trans e um jogador de futebol. Com provas humoradas, eles ficaram com a segunda colocação no jogo, que também teve a cantora Gretchen e a funkeira Valeska Popozuda. Em entrevista ao MIX BRASIL, Adriana comenta a participação. Como surgiu o convite para participar do quadro?Fui chamada e fiz um teste junto com outras drags e homossexuais bem afeminados. Eu era a única trans. Depois de algumas entrevistas, acabei sendo selecionada pela produção e a platéia me escolheu no palco. Disseram que eu participaria ao lado de um jogador baladeiro e homofóbico. Fiquei passada, pois obviamente não suporto homofobia. E o que achou de conviver com o Vampeta? Eu não conhecia a pessoa Vampeta. E descobri que ele não tem nada de homofóbico. Ao contrário, ele é padrinho da Parada Gay lá da Bahia. Foi complicado ter que brigar com ele no programa. Tanto que fiquei falando mais de machismo que de homofobia. Coisas baseadas no fato dele sair de quinta a domingo... Ele não tinha nenhum problema em me cantar, conversar nos bastidores. No programa, ele falava que até o final iria descobrir se eu era ele ou ela. Acabei criando uma amizade com ele. O que achou dele se vestir de drag no final do programa?Não me surpreendeu, pois o Vampeta sempre mostrou que não ter preconceito durante todo o programa. Usou maquiagem, desfilou de salto, sempre com bom humor. A pessoa que é segura da sua masculinidade não tem problema em conviver com uma transexual.É verdade que você teve problemas com a produção?Eles queriam me colocar como a engraçada, como se eu fosse drag. Queriam que eu falasse o nome masculino, que dissesse algumas coisas, que me vestisse de maneira engraçada. Mas eu sou uma transexual. Falei que ou seria uma participação com respeito ou que eu sairia fora. Não vou ser escrachada, não vou denegrir a imagem, pois era eu que representava a classe LGBT. Teve um momento em que a Eliana me chamou de Adriano e eu falei: “Nossa, que falta de respeito vindo de uma pessoa que eu admiro tanto”. Eles cortaram, claro. Depois da experiência, pode dizer que os opostos se atraem?Eu não sei, pois o Vampeta não era o meu oposto. É uma grande pessoa, que em algumas partes eu passei admirar. Principalmente em questão de preconceito. Eu garanto: ele não tem.
cultura gls

Um comentário:

Unknown disse...

quero, seu e-mail Adriana, eu não tenho preconceito, nenhum me manda o convite, no msn edinhow_@hotmail.com