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domingo, 6 de junho de 2010

Dois anos após escândalo, sargento e companheiro gay vivem tranquilos em Brasília


Dois anos após o escândalo que foi a saída do armário dos militares Laci Marinho de Araújo, 37, e Fernando Alcântara de Figueiredo, 36, o casal vive feliz e tranquilo, informa Laura Capriglione na edição deste sábado da Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).
De Araújo é sargento do Exército da ativa. Alcântara é licenciado --pediu baixa. Os dois formam a primeira família abertamente homoerótica do Exército brasileiro. Vivem em um apartamento funcional, no valorizado plano-piloto de Brasília.


No dia 3 de junho de 2008, De Araújo e Alcântara concediam entrevista à apresentadora Luciana Gimenez, na sede da RedeTV! em São Paulo, quando câmeras colocadas do lado de fora dos estúdios mostraram o cerco ao prédio da emissora, feito por soldados armados com fuzis.
Poucos dias antes, os dois sargentos (Alcântara ainda era da ativa) tinham sido tema de capa da revista "Época", apresentados como "o primeiro casal de militares brasileiros a assumir sua homossexualidade"
Pelas regras da caserna, o "sumiço" injustificado de um militar durante oito ou mais dias caracteriza deserção --punida com prisão. Segundo De Araújo, as ausências do serviço, que ele admite, decorreram de um quadro de depressão, tonturas, dores de cabeça e visão turva, que o impediam até mesmo de se sentar à mesa para almoçar ou jantar.
Hoje, sabe-se a causa do transtorno. De Araújo, que já fez shows como cover da cantora Cássia Eller, tem epilepsia dos lobos temporais esquerdo e direito. Toma remédios que controlam os sintomas e leva vida normal.
"Normal, bem normal", concorda a síndica do prédio em que o casal vive. "Eles não são de baladas. Nunca foram", diz.
uol

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