Mande suas críticas e sugestões
amigobocaaberta@gmail.com

sábado, 22 de agosto de 2009

GRUPO DE DIREITOS HUMANOS ALERTA PARA TORTURA DE GAYS


Milicianos estão torturando e matando homossexuais no Iraque, em uma campanha sistemática que se espalhou de Bagdá para várias outras cidades. A denúncia foi feita pelo Human Rights Watch (HRW), importante grupo de direitos humanos.O HRW pediu que o governo iraquiano aja com urgência para impedir os abusos, advertindo que as chamadas "limpezas sociais" representam um novo risco à segurança, mesmo em um contexto em que outros tipos de violência ganham força. Segundo as informações do site Bem Paraná, os corpos de vários gays foram encontrados no principal distrito xiita de Bagdá, Cidade Sadr, mais cedo neste ano. Nos corpos deles havia inscrições como "pervertido" e "cachorrinho" - termos usados pejorativamente para descrever homossexuais no Iraque - escritos em seus peitos. Sediado em Nova York, o grupo afirmou que as ameaças e abusos têm se espalhado por cidades como Kirkuk, Najaf e Basra, ainda que permaneça concentrada na capital. Segundo o HRW, não há números confiáveis sobre o tema disponíveis. O grupo disse que isso ocorre por uma combinação de despreparo das autoridades para investigar esses crimes e pela resistência de familiares de informar sobre o problema. Citando um funcionário da ONU, o grupo afirmou que o número de mortos nessa modalidade criminosa deve estar "na casa das centenas".A campanha homofóbica é atribuída em grande parte a militantes xiitas extremistas, que consideram o homossexualismo um comportamento contrário ao Islã, agredindo e matando mulheres por não usar véus e bombardeando lojas de bebidas alcoólicas. "A mesma coisa que costumava acontecer a sunitas e xiitas está ocorrendo agora com os gays", disse um médico, referindo-se ao período de disputa sectária no país. O profissional, ele mesmo um gay assumido, afirmou que perdeu vários amigos assassinados. Um funcionário do Ministério do Interior, que pediu anonimato, reconheceu que houve um aumento forte nesses ataques contra gays Segundo ele, os extremistas xiitas são os suspeitos pela violência. Os homossexuais foram vítimas desde o início da guerra do Iraque, em 2003, mas as mortes parecem ter se intensificado com a melhoria da situação no país. A calma parcial fez com que gays saíssem para se encontrar em locais públicos como cafés, segundo o relatório. O HRW acusou as autoridades de não fazerem nada para interromper as mortes e advertiu que isso mostrava uma incapacidade geral para proteger os iraquianos. O Ministério de Direitos Humanos do Iraque condenou os homicídios de homens gays. A favela de Cidade Sadr, um bastião da milícia do clérigo Muqtada al-Sadr, foi palco de uma insurgência contra as forças norte-americanas após a invasão de 2003. As tropas dos EUA controlaram a área no ano passado. Segundo a polícia, com a redução da violência em Cidade Sadr, os milicianos que atuavam no local começaram a percorrer outras áreas. Clérigos xiitas frequentemente pedem "educação e reabilitação" para os gays, em seus sermões de sexta-feira. O relatório lembra que a lei iraquiana não proíbe a relação sexual consensual entre homossexuais adultos, mas contém certos trechos que podem ser usados pelos agressores. Entres estes estão determinações da era de Saddam Hussein que reduziam penalidades para supostos crimes de honra e contra pessoas agredidas por sua orientação sexual.

Nenhum comentário: