A coluna de hoje não fala sobre mim, mas sobre a Camila, minha grande amiga e praticamente meu alter ego de 20 e poucos anos.
Camila Fala: A cada quinze amigas que eu tenho, duas namoram sério, três fingem que namoram sério, três começam um relacionamento por mês e as outras sete são solteiras.Esse é o meu retrato do mundo atual: mulheres mal resolvidas que conhecem um amor-da-vida por mês; as detentoras do maior tesouro lésbico (um relacionamento duradouro e estável na maior parte do tempo); e a esmagadora maioria, que está “à procura”.Meu problema começou pela minha - quase - permanente inclusão no último grupo. Estar solteira há bastante tempo, baixar o meu padrão de exigência sobre as pessoas com quem me relaciono, conhecer uma Personal Trainer, e nesse meio tempo, esquecer TODAS as regras sobre relacionamento. A receita para uma bomba relógio. E ela explodiu.Beatriz fala: Nesse ínterim eu ouvi da Camila milhares de declarações non-sense! Desde “Acho que vou sair com o guitarrista da banda da minha ex, eu dei até um selinho nele um dia e não foi tão ruim. Vai que eu gosto de homem”. Até: “Ela não é tão burra assim, preocupada deve ser erro de digitação – três vezes!”.Isso nos leva à regra número 1 - Não se deixe levar pelo desespero.Quando ela me falou da tal Personal; linda, gostosa, 11 anos mais velha e namorando há cinco anos, eu já podia imaginar o tamanho do problema. Aliás, imaginei e avisei. Mas se conselho fosse bom.Camila Fala: Toda mulher deveria vir com uma placa de aviso que fornecesse informações básicas às interessadas. Na falta de uma placa, basta perguntar o que eu acho; se eu olhar e gostar, cuidado, os riscos são enormes. Se eu perder o chão no momento em que os nossos olhos se cruzarem, senta que lá vem história.Fim do ano passado:Cansada da rotina e muito cansada do sedentarismo que nunca foi inerente a mim, resolvi voltar a freqüentar a academia. Visitei duas, mas foi na terceira que eu me senti em casa. Logo na entrada encontrei um amigo e ao entrar senti que aquela era diferente.Primeiro dia, na recepção enquanto cadastravam minha digital, passou por mim um rapaz vestindo uma super-regata branca, rasgada por estilo, ostentando um par de cílios com máscara que matariam muita mulher de inveja. Ele era notoriamente gay – como 80% do resto da academia. Ri sozinha da minha conclusão precipitada de quem passava o radar pelo novo ambiente.Minha risada só durou até me apresentarem a personal que me acompanharia. Busquei registros rápidos na memória: 2007, uma festa... Ela e a então namorada. Lembrei como se movia, como sorria, que mulher linda, que corpo... ULTRAJANTE!Não poderia ser melhor, voltei a fazer algo que adoro, minha academia tinha uma vibe no mínimo friendly e minha Personal era a mulher linda que eu já quis um dia e nunca mais voltei a ver. Só podia ser destino e Ela seria minha, nem que eu precisasse mover céus e terras. E movi. Três meses, cuidando diariamente do meu “investimento a médio prazo”, até Ela se render ao inevitável. Essa história vai ser contada depois, o importante é saber a paixão louca que me moveu (não move mais, não move, não move, não move), para tentar mensurar o tamanho da minha fossa depois.Minha fossa não foi adequadamente vivida, posto que apaixonada por uma Personal e com ela diariamente pegando no meu pé, eu não tive direito de engordar, ou seja, nada de chocolate, doritos ou Häagen-Dazs. O que me leva às duas próximas regras desse capítulo:2 – Paixões não cicatrizadas precisam de tempo, time apart quase sempre é uma boa idéia.3 – A fossa é um momento de exorcismo daquela horrorosa que não lhe merece e está lhe fazendo sofrer. Precisa levar a fossa muito a sério.3.1 – Se você curtir a fossa sem comer muita besteira, vai ser mais fácil voltar à sua auto-estima normal.Em um dia particularmente desagradável desabafei com uma amiga que havia conhecido recentemente. Manuela, solteira como eu, amiga de amigas minhas, veio bem recomendada: menina boa, para namorar. E era tão lindinha comigo. Beatriz fala: Pausa para a regra número 4 deliberadamente (ou não) omitida pela nossa “heroína”: Nunca se deixe levar por meninas com carinhas de anjo – experiência própria, as aparências às vezes enganam!Camila fala: Comecei a me sentir dividida entre a minha desilusão e a Manu sendo fantástica comigo. Então, como era de se esperar, eu tive a minha primeira idéia brilhante:O leilãoO principio era simples, e para ser franca eu continuo achando uma ideia brilhante: quem me tratasse melhor me levava. Só havia dois requisitos: ser solteira e não ser uma porta (muito burra).Passada uma semana do anúncio do Leilão (sim, eu anunciei o leilão de mim mesma para a Manu), eu considerei ela a vencedora e saímos no nosso primeiro date oficial.
Camila Fala: A cada quinze amigas que eu tenho, duas namoram sério, três fingem que namoram sério, três começam um relacionamento por mês e as outras sete são solteiras.Esse é o meu retrato do mundo atual: mulheres mal resolvidas que conhecem um amor-da-vida por mês; as detentoras do maior tesouro lésbico (um relacionamento duradouro e estável na maior parte do tempo); e a esmagadora maioria, que está “à procura”.Meu problema começou pela minha - quase - permanente inclusão no último grupo. Estar solteira há bastante tempo, baixar o meu padrão de exigência sobre as pessoas com quem me relaciono, conhecer uma Personal Trainer, e nesse meio tempo, esquecer TODAS as regras sobre relacionamento. A receita para uma bomba relógio. E ela explodiu.Beatriz fala: Nesse ínterim eu ouvi da Camila milhares de declarações non-sense! Desde “Acho que vou sair com o guitarrista da banda da minha ex, eu dei até um selinho nele um dia e não foi tão ruim. Vai que eu gosto de homem”. Até: “Ela não é tão burra assim, preocupada deve ser erro de digitação – três vezes!”.Isso nos leva à regra número 1 - Não se deixe levar pelo desespero.Quando ela me falou da tal Personal; linda, gostosa, 11 anos mais velha e namorando há cinco anos, eu já podia imaginar o tamanho do problema. Aliás, imaginei e avisei. Mas se conselho fosse bom.Camila Fala: Toda mulher deveria vir com uma placa de aviso que fornecesse informações básicas às interessadas. Na falta de uma placa, basta perguntar o que eu acho; se eu olhar e gostar, cuidado, os riscos são enormes. Se eu perder o chão no momento em que os nossos olhos se cruzarem, senta que lá vem história.Fim do ano passado:Cansada da rotina e muito cansada do sedentarismo que nunca foi inerente a mim, resolvi voltar a freqüentar a academia. Visitei duas, mas foi na terceira que eu me senti em casa. Logo na entrada encontrei um amigo e ao entrar senti que aquela era diferente.Primeiro dia, na recepção enquanto cadastravam minha digital, passou por mim um rapaz vestindo uma super-regata branca, rasgada por estilo, ostentando um par de cílios com máscara que matariam muita mulher de inveja. Ele era notoriamente gay – como 80% do resto da academia. Ri sozinha da minha conclusão precipitada de quem passava o radar pelo novo ambiente.Minha risada só durou até me apresentarem a personal que me acompanharia. Busquei registros rápidos na memória: 2007, uma festa... Ela e a então namorada. Lembrei como se movia, como sorria, que mulher linda, que corpo... ULTRAJANTE!Não poderia ser melhor, voltei a fazer algo que adoro, minha academia tinha uma vibe no mínimo friendly e minha Personal era a mulher linda que eu já quis um dia e nunca mais voltei a ver. Só podia ser destino e Ela seria minha, nem que eu precisasse mover céus e terras. E movi. Três meses, cuidando diariamente do meu “investimento a médio prazo”, até Ela se render ao inevitável. Essa história vai ser contada depois, o importante é saber a paixão louca que me moveu (não move mais, não move, não move, não move), para tentar mensurar o tamanho da minha fossa depois.Minha fossa não foi adequadamente vivida, posto que apaixonada por uma Personal e com ela diariamente pegando no meu pé, eu não tive direito de engordar, ou seja, nada de chocolate, doritos ou Häagen-Dazs. O que me leva às duas próximas regras desse capítulo:2 – Paixões não cicatrizadas precisam de tempo, time apart quase sempre é uma boa idéia.3 – A fossa é um momento de exorcismo daquela horrorosa que não lhe merece e está lhe fazendo sofrer. Precisa levar a fossa muito a sério.3.1 – Se você curtir a fossa sem comer muita besteira, vai ser mais fácil voltar à sua auto-estima normal.Em um dia particularmente desagradável desabafei com uma amiga que havia conhecido recentemente. Manuela, solteira como eu, amiga de amigas minhas, veio bem recomendada: menina boa, para namorar. E era tão lindinha comigo. Beatriz fala: Pausa para a regra número 4 deliberadamente (ou não) omitida pela nossa “heroína”: Nunca se deixe levar por meninas com carinhas de anjo – experiência própria, as aparências às vezes enganam!Camila fala: Comecei a me sentir dividida entre a minha desilusão e a Manu sendo fantástica comigo. Então, como era de se esperar, eu tive a minha primeira idéia brilhante:O leilãoO principio era simples, e para ser franca eu continuo achando uma ideia brilhante: quem me tratasse melhor me levava. Só havia dois requisitos: ser solteira e não ser uma porta (muito burra).Passada uma semana do anúncio do Leilão (sim, eu anunciei o leilão de mim mesma para a Manu), eu considerei ela a vencedora e saímos no nosso primeiro date oficial.
mix
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