Após denunciar uma rede de prostituição na Itália, uma transexual piauiense ganhou visto de permanência e não quer voltar ao Brasil, mesmo com a iniciativa do Ministério das Relações Exteriores para encorajar a volta de brasileiros que vivam em risco no exterior. C.A., de 28 anos, desembarcou de forma ilegal em 2006, levada por uma rede de prostituição. Ela afirma que pagou 12 mil euros, ou seja, cerca de R$26 mil à rede para entrar ilegalmente no país europeu. Ela passou cerca de três anos se prostituindo na Itália, e depois decidiu denunciar a rede às autoridades, beneficiando-se da legislação que concede o visto de permanência no país às vitimas que denunciam quadrilhas de tráfico de seres humanos e redes de prostituição.Após denunciar, ela passou por um período em centro de identificação e expulsão de imigrantes irregulares, e agora foi levada para uma casa de acolhimento temporário. A transexual deve permanecer no local até conseguir emprego e alcançar autonomia financeira. “Estou bem aqui, tenho namorado, estou integrada e até regularizada. Meu sonho sempre foi deixar o Brasil e viver no exterior, principalmente na Itália. Aqui se vive melhor, embora no Brasil não tivesse dificuldades, pois minha família é de classe média”, disse.
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