Um diplomata da Arábia Saudita, assumidamente gay, solicitou asilo aos EUA alegando ter medo de ser morto caso volte ao seu país de origem. Ali Ahmad Asseri, que trabalhava no consulado saudita em Los Angeles, disse ao jornal New York Times que recebeu várias ameaças de morte desde o último sábado, 11, quando o pedido de asilo tornou-se público. Em carta enviada a veículos de comunicação, Asseri diz que funcionários do consulado passaram a perseguí-lo quando começaram a suspeitar de sua homossexualidade. "Minha vida corre grande perigo aqui e se eu voltar para a Arábia Saudita, irão me matar abertamente, à luz do dia. Quero que minha voz seja ouvida e quero que eles saibam que não estou sozinho", escreveu. Segundo o advogado Ally Bolour, o diplomata teve seu posto no consulado sumariamente cortado, além de não conseguir renovar seu passaporte. Bolour disse ainda ter sido contra a ideia de pedir asilo por conta da exposição que a história tomaria. "Ele tem muita coragem para colocar sua vida em jogo dessa forma ao torná-la pública", opina. Na versão da embaixada, Asseri não foi demitido, mas transferido para um cargo em Riad, capital da Arábia Saudita, depois de quatro anos servindo em Los Angeles. De acordo com o porta-voz Nail al-Jubeir, o diplomata nunca se apresentou no novo emprego, mantendo-se "escondido". "Não iremos renovar seu passaporte diplomático por que ele servia à sua posição em Los Angeles, e o cargo não existe mais", afirma. al-Jubeir disse ainda que as consequências que um diplomata assumidamente gay pode encarar "ainda não foram discutidas", mas lembrou que, em geral, a homossexualidade é considerada inaceitável pelo Islã. Espera-se que a resposta para o pedido de asilo apresentado por Ali Ahmad Asseri saia nos próximos dias.
pride
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