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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Noite de Salvador é sacudida por denúncia de homofobia


A Platinum Produções, que há um mês realizou uma edição da Noite Preta em Salvador, está sendo acusada de agredir frequentadores homossexuais. De acordo com a denúncia, em 07 de agosto, homossexuais que assistiam a um show da cantora Preta Gil no Cais Dourado foram gratuitamente agredidos por seguranças contratados pela organização do evento. Uma queixa-crime foi apresentada pelo engenheiro Eduardo Gomes, segundo o qual vários de seus amigos foram violentamente levados para os fundos da casa de espetáculo. Gomes, que registrava tudo com uma câmera, diz ter sido agredido com palavras como "viado safado e sem vergonha, descarado, vagabundo". Ainda de acordo com a queixa-crime, os seguranças tentaram se apoderar da câmera, sem sucesso. Eduardo Gomes contou ainda que, quando procurado, o organizador da festa Carlos Ronei Carvalho de Melo riu da situação, ignorou as arbitrariedades e disse que "isso é o que acontece com viado nessa terra. Local de viado não é aqui não. Quem mandou dar o c...? É melhor vocês irem embora por as coisas ainda podem piorar".A advogada Ana Carolina Landeiros, que defende Eduardo Gomes, disse à esta reportagem que a queixa-crima apresentada diz respeito a injúria, ameaça e agressão supostamente sofrida pelo grupo. "O promotor responsável pelo caso entendeu que há indício de crime e enviou o caso para a central de inquéritos", diz a advogada, que planeja entrar com ação indenizatória por danos morais, além do requerimento já apresentado para embargo da próxima festa da Platinum. Procurada pelo Mix, Cintia Sampaio, uma das sócias da Platinum Produções, atribuiu à concorrência o que classificou de "farsa". "Esta é uma tentativa de uma mídia paga de denegrir a imagem de uma festa que já é feita pelo público GLS há quatro anos. Todo mundo que está envolvido nisso vai ter que se explicar na Justiça", garante Cintia. Segundo a empresária, realmente houve uma confusão, mas não gerada por homofobia. Ela conta ainda que se encontrou nesta semana com o suposto pivô da briga, que teria reconhecido que foi expulso da festa por estar jogando cerveja nas pessoas. "Ele também é contra toda essa armação", disse a produtora. Sobre a possibilidade de embargo de sua próxima festa, Cintia afirma que o Promotor de Justiça, Cícero Ornellas, Coordenador do Grupo de Atuação de Combate à Discriminação - GEDIS, deu parecer considerando que o embargo não se justificaria, já que não há nada "que desabone sua boa conduta ao longo desses 4 anos de existência, numa produção essecialmente realizada para o público GLBTT".
pride

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