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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Em debate, candidatos LGBT de SP abordam família e educação


O I Ciclo de Debate LGBT, que apresentou em São Paulo, nesta quinta-feira, 16, "as propostas dos candidatos LGBT para o público LGBT", abordou, entre algumas brigas partidárias e debates sobre o governo Lula, as ações direcionadas às famílias.No espaço da Nostro Mondo, estiveram presentes os candidatos a deputado federal Amaury (PV), Rosana Star (PRB), Márcia Lima (PSB), Fernando Alcântara (PSB), Homero Gomes (PSB) e a única candidata estadual Salete Campari. A drag Leo Aquilla (PTB), que foi anunciada, não esteve presente. Com a mediação de Douglas Drummond, presidente do Casarão Brasil, os candidatos fizeram perguntas entre si (através de sorteio), baseados em alguns temas, também sorteados. Depois foram abertas perguntas para jornalistas e o público em geral.Fernando Alcântara, militar conhecido pelo caso gay divulgado na revista Época, declarou que uma de suas prioridades é investir em segurança. E para acabar com o tratamento homofóbico destinado aos civis gays, quando estes procuram denunciar crimes de homofobia, Fernado disse querer combater as perseguições aos homossexuais nas próprias corporações de segurança.Bastante falante, Salete Campari abordou homofobia, casamento gay e segurança. Ela também defendeu o Partido dos Trabalhadores após uma pergunta de um espectador, dizendo que o governo Lula pouco fez para a comunidade LGBT. A candidata declarou que o grande problema está na bancada evangélica, que impede que as políticas voltadas à diversidade sexual sejam aprovadas. "É por esse motivo que candidatos da própria comunidade devem ser eleitos", defendeu. Um momento engraçado aconteceu na pergunta de Amaury à Rosana Star. O candidato, longe de apresentar uma pergunta sobre a comunidade LGBT, perguntou o que Rosana achava de 80% das crianças de 0 a 3 anos não ter acesso à creches. Espontânea, Rosana Star disse que havia tomado remédio e que não estava se sentindo bem. Ela declarou que estava lá para falar sobre a comunidade LGBT e que responderia apenas sobre a comunidade e sobre as “transex”, termo que ela usa para falar sobre travestis e transexuais. Rosana defendeu ações que visem aceitar a travesti nas escolas, como o uso do nome social.O candidato Homero declarou querer investir em educação para promover a cultura LGBT. E Márcia Lima fez um discurso bem embasado sobre a importância da família. Para a candidata, é necessário um trabalho do governo voltado para a aceitação da comunidade LGBT dentro dos seus próprios lares. Márcia também abordou a questão hormonioterapia, silicone gratuito e a retirada de travestis da prostituição. “É importante saber que muitas não querem sair e, para aquelas que querem, é necessário saber qual a profissão e o curso desejado de capacitação. Afinal, nem toda travesti quer ser cabeleireira.”O debate terminou com o desejo de torcida para que um, alguns ou todos os candidatos LGBT sejam eleitos.
pride

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