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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Funcionária de Universidade de MG diz ter sido demitida por ser transexual


Um aparente caso de preconceito e homofobia envolveu uma universidade em Minas Gerais. Giselle Vuitton, nome social de Heverton C. Souza, de 19 anos, afirma que foi demitida da Fumec/FACE por ser transexual. Giselle exercia o cargo de auxiliar administrativo e trabalhava na instituição de ensino há mais de dois anos. Ela também estuda administração na Universidade. Giselle, que se considera uma “transexual não operada”, esclarece que desde que começou a se vestir como mulher, a partir de outubro de 2010, começou a sentir preconceito de alguns colegas de trabalho. “Duas semanas após usar um salto alto vermelho, me demitiram. A forma como tudo aconteceu e a rispidez do departamento pessoal na hora da demissão me fez chegar a essa conclusão”, explicou.A universidade Fumec/FACE esclareceu, através de nota, que a demissão “se deu por motivos profissionais, relacionados ao desempenho no trabalho, considerado, nos últimos meses, como insuficiente”. Na nota, ressalta-se ainda, que “em nenhum momento houve situações de discriminação, exclusão ou mau tratamento”.A universidade informou na nota que durante o período que ela trabalhou na Fumec/FACE não houve discriminação: “O profissional atuou nesta instituição por mais de dois anos e, assim, se houvesse qualquer preconceito, este se expressaria já no início de sua contratação”. A nota ainda traz a informação que, junto com Giselle foram demitidos outros dois funcionários: “Na mesma data, inclusive, foram demitidos outros dois funcionários, pelo mesmo motivo: reestruturação administrativa”. Giselle contradiz estes esclarecimentos. Sobre a alegação de mau desempenho ela informou: “Alegaram que era pelo meu mau desempenho no trabalho, mas meu desempenho continuava ótimo, senão, nem teriam me dado uma promoção em agosto de 2010”. Já sobre a demissão de outros funcionários no mesmo período, Giselle observa: “Esses dois funcionários haviam pedido para serem mandados embora”. Diante do ocorrido, Giselle informou que vai recorrer à justiça. Ela também espera que a visibilidade de seu caso sirva como exemplo: “Espero que as empresas sejam mais evoluídas e tolerantes em relação às diferenças, principalmente as universidades, que deveriam ser um exemplo de respeito às diversidades. Sendo assim, muitas trans poderão ter uma vida digna, trabalhar e deixar de se prostituirem”.
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Ministra Maria do Rosário fala sobre direitos humanos à TV


A ministra Maria do Rosário, titular da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, passou por São Paulo no último fim de semana para uma série de ações em favor da cidadania LGBT e aproveitou para falar um pouco mais sobre o assunto à TV PT. Em entrevista ao coordenador nacional do Setorial LGBT do PT, Julian Rodrigues, ela reforça que o Governo Federal quer lutar contra a homofobia. “Nossa prioridade é reforçar no Brasil uma cultura de direitos humanos. Nós temos um povo solidário e atento, mas tem muitas violações de direitos humanos”, aponta, lembrando ainda que “há uma série de ações em curso. Vamos trabalhar para que São Paulo e o Brasil sejam um lugar de direitos humanos”.
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Deputado-pastor quer derrubar declaração conjunta do Imposto de Renda para casais gays


O deputado Ronaldo Fonseca (PR-DF), também pastor evangélico, quer derrubar a medida da Receita Federal que prevê a inclusão de parceiros homossexuais como dependentes para fins de dedução fiscal já neste ano. O deputado acredita que a medida é inconstitucional e que ela deveria ser discutida na Câmara antes de entrar em vigor (a medida foi assinada por Guido Mantega, Ministro da Fazenda). O deputado ameça obrigar Guido Mantega para explicar a medida no plenário do Congresso.O deputado Jean Wyllys prepara contra-ofensiva junto com membros da Frente Parlamentar LGBT.
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Atores globais pedem licença paternidade para gays


José Wilker, Alexandre Borges e Marcelo Serrado estão em campanha pela licença paternidade, o direito do pai se afastar do trabalho para cuidar de seu filho recém-nascido, ou adotado. E o mais legal é que a iniciativa do Instituto Papai, de Pernambuco, considera também a homoparentalidade.“E se forem dois pais?”, questiona Alexandre Borges. A campanha pede um mês de licença. Atualmente a licença paternidade é de apenas cinco dias.
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Grupo vai distribuir 60 mil camisinhas no Carnaval paulistano



O Grupo Pela Vidda está recrutando pessoas interessadas em serem voluntárias na próxima sexta-feira, 4, quando a ONG de luta contra a AIDS vai realizar em São Paulo uma intervenção pública de combate ao vírus HIV, a “Viaje bem com camisinha”. Serão distribuídas das 15h às 19h pelo menos 60 mil camisinhas no terminal rodoviário do Tietê, Zona Norte da capital paulista.Quem quiser ir ajudar a entidade a distribuir os preservativos, materiais educativos e orientações sobre a doença deve entrar em contato pelo telefone (11) 3258-7729 ou pelo e-mail gpvsp@uol.com.br. A atividade é realizada há 15 anos e tem como objetivo aproveitar o grande fluxo de gente na rodoviária - antes do Carnaval - para conscientizar sobre a AIDS.
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Em Amor perfeito, colunista bolacha se derrete toda.


Ao deitar em casa no domingo, depois de um final de semana adorável de chuva, dou mais um suspiro profundo (o décimo quinto do dia) enquanto me delicio com o silêncio da solidão acompanhada.
Minha namorada ao lado, escrevendo algum recurso mirabolante em pleno final de noite, e me olhando de vez em quando de um jeito só dela, que me tira o chão e me inunda de felicidade até o fundo da alma. Não pude deixar de pensar numa frase que ouvi da minha professora de cursinho, em mil oitocentos e bolinha, quando ainda me preparava pro vestibular.“A vida é feita de escolhas. Veja o casamento, por exemplo. Quando você escolhe o seu marido, deixa de poder sair com quase quatro bilhões de pessoas. Em compensação você passa a ter um homem só pra você.”
O que faz você escolher alguém em detrimento de todas as outras pessoas do mundo? O que faz você querer dividir a sua vida? O que faz dessa pessoa diferente? O que faz você querer que “seja pra sempre”?
Acredito que os critérios não sejam unânimes. Segundo o dito popular, cada panela tem sua tampa. Logo, há diferentes tipos de tampa para diferentes tipos de panela. Mas uma coisa é certa: Tem que fazer o coração bater mais forte. Sempre e pra sempre. A minha mulher perfeita é cheia de paradoxos. Tem posturas firmes e é de uma doçura infinita. Sabe calar sempre que precisa, mas também fala com os olhos. Tira o meu chão todos os dias, mas não sem antes segurar as minhas mãos bem firme, para que eu não tenha medo de cair.
Gosta de literatura e arte, e acredita que a vida tem um script e também uma trilha sonora. Chora com uma bela canção, mas sem parecer boba. Escreve cartinhas de amor a mão em folhas de papel ofício com letra redonda, depois enrola o papel com um cuidado vaidoso, amarra com uma fitinha vermelha e deixa ao lado da minha chave de casa, para ter certeza que o meu dia vai começar bem.
Faz planos malucos de viagens fantásticas pelo simples prazer de fazê-los, delicia-se pensando em todos os lugares do mundo que um dia iremos visitar, mas ao mesmo tempo acha um final de semana em casa o mais perfeito dos programas. Faz birra pra comprar uma cama bem grande que ocupa o quarto quase inteiro, mas só consegue dormir tão perto que não precisaria de mais do que um colchonete. Quer criar um gato persa, e não se importa se precisa tomar anti-alérgicos todos os dias, afinal remédios são para isso.
A minha mulher perfeita tem as unhas sempre vermelhas porque gosta do contraste que elas fazem com a minha pele, e fica quase da cor das unhas quando percebe o meu olhar encantado. Gosta de brincos grandes e vestidos verdes, e murmura sem graça que foi coincidência se eu reparo que são da cor dos seus olhos.
Não sabe cozinhar, mas aquece a pizza Sadia com todo o carinho do mundo e serve a mesa com velinhas acesas, dizendo que fez com amor.
A minha mulher faz o meu coração disparar e a minha respiração diminuir cada vez que me beija, e todos os dias eu me pergunto se eu estou ou não sonhando, e se aquilo um dia vai acabar. E então ela levanta de onde está do nada e sem razão de ser e me dá um abraço, troca comigo olhares cúmplices quando ouve alguém dizer que não acredita em amor eterno, e apertamos a mãos escondidas em sinal de triunfo.
E depois de tudo isso, eu só tenho a dizer que se um dia essa mulher perfeita cruzar o meu caminho, pode ter certeza. Ela será minha.
cio

É Alexandre Frota quem vai cobrir o Baile Gala Gay do Rio pela Rede TV!


A tradicional entrada das travestis e transformistas do baile Gala Gay carioca que acontece na terça-feira de carnaval (dia 8) será desta vez ancorado pelo ator Alexandre Frota. A transmissão é da Rede TV. Em anos anteriores, o tapete vermelho do Gala Gay foi apresentado pelas apresentadoras Monique Evans e Leo Aquilla. Além de Alexandre Frota, o programa será apresentado por humoristas do Pânico na TV. A saber: Eduardo Sterblicht (o Freddy Mercury Prateado) e Daniel Peixoto (Alfinete), além de Tiago Barnabé (Luciana Gimenez Cover) e Charles Henrique (Charles Henriquepédia).Gala Gay – Rede TV!Terça-feira - Dia 08A partir das 23h .
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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Parlamentares aliados saem do armário e colocam a pauta gay em debate



A expectativa em torno dos nomes Jean Wyllys (PSOL-RJ), Marta Suplicy (PT-SP) e Manuela D'Ávila (PCdoB) em relação às questões LGBT já eram positivas. Com exceção de Jean e Marta, Manuela já era uma atuante na questão gay no Congresso Nacional e, portanto, seu apoio à causa era esperado. Mas a comunidade LGBT não esperava tanto em tão pouco tempo.A primeira a dar a cara à tapa foi a senadora Marta Suplicy, que ao saber do arquivamento do PLC 122, que visa criminalizar a homofobia no Brasil, foi logo dizendo que iria colher as assinaturas necessárias para que ele fosse desarquivado e que assumiria a relatoria do projeto de lei. E assim o fez. Logo no primeiro dia útil de trabalho, desarquivou o PLC e, na semana passada, assumiu a relatoria.Não bastasse a sua rápida ação, Suplicy foi para cima do Congresso e disse que este "se acovardou diante das questões LGBT". Deixou claro que, na época em que apresentou o seu projeto de parceria civil, o Brasil era considerado moderno em comparação à Argentina, mas, por ironia do destino, hoje a "Argentina tem casamento gay e nós temos espancamento na Avenida Paulista", disse a senadora.Mas ela não está sozinha. Grande parcela da comunidade gay comemorou a eleição de Jean Wyllys para deputado federal. Perguntavam-se: ele vai realmente nos defender? Representar? E mais uma vez uma boa surpresa. Na primeira semana de mandato, juntamente com a deputada Manuela D'Ávila, rearticulou a Frente Parlamentar LGBT, cujo lançamento está marcado para março.Ontem, Jean Wyllys fez o seu primeiro discurso no plenário da Câmara dos Deputados. Defendeu os mais pobres, os discriminados, aqueles jovens que sofrem por não serem tão másculos quanto os seus colegas e disse, em alto e bom tom, que irá lançar um Emenda Constitucional (PEC) para instituir o casamento civil gay. Na mesma linha, segue a deputada Manuela D'Ávila, que segundo especulam, deve assumir a primeira presidência da Frente Parlamentar LGBT.D'Ávila já foi nomeada para presidir a Comissão de Direitos Humanos, por onde a PEC da união civil tem de passar obrigatoriamente. Marta, Jean e Manuela têm iniciado os trabalhos de forma corajosa, mas, se este empenho todo vai se transformar em leis aprovadas, ainda é muito cedo para afirmar. A bancada conservadora e religiosa já demonstrou ter muita força na legislatura anterior e os parlamentares obscurantistas já avisaram: "Vamos formar um bloco anti qualquer lei que vise beneficiar a comunidade gay". A guerra vai ser tensa e permanente nos próximos quatro anos.Porém, podemos dizer que o terreno está favorável à questão LGBT. Desde que jovens foram agredidos na Avenida Paulista, a grande imprensa tem dado sistematicamente amplo espaço a todas as manifestações pró-LGBT. Vide as reportagens a respeito do lançamento do selo e do disk anti - homofobia lançado pela Ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, no último sábado. Todos os portais de internet e jornais noticiaram.2011 também promete. Já está marcada para acontecer em maio a II Marcha Nacional Contra a Homofobia, que será realizada em Brasília: mais uma grande oportunidade de reivindicação e pressão. E, a partir de abril, municípios e estados começam a debater as demandas da comunidade gay com as conferências municipais e estaduais, para, em novembro, realizar a II Conferência Nacional LGBT. A pergunta que fica é: a presidente Dilma vai à abertura assim como Lula?Por fim, todo este clima positivo em torno das políticas públicas para LGBT depende em grande parte de uma ação sistemática do movimento gay, que precisa fazer pressão e dar apoio civil aos parlamentares que estão brigando pela causa. Isolados e sem apoio popular, deputados e senadores perdem força e não conseguem aprovar leis em prol da comunidade gay. Basta lembrar que o projeto de união civil já está há 15 anos tramitando no Congresso e o PLC 122, há dez.
a capa

Conversamos com o dono da Blue Space sobre os 15 anos da casa, confira


Quando abriu a Blue Space em São Paulo, o empresário Vitor Sofredini acreditava que sua casa duraria no máximo três anos, mas ele viu esse prazo ser multiplicado por cinco e agora prepara seu mundo azul para o aniversário de debutante – que, claro, vai contar com o nonsense, logo hilário, futebol das drags. Ícone máximo dos shows transformistas, a Blue pode ser chamada de exceção em um ramo de negócios tão efêmero quanto a diversão que proporciona.O dono da casa azul de esquina mais famosa da noite paulistana, que chegou a ter outra iniciativa gay – sem sucesso – antes da Blue, credita o sucesso ao investimento constante em melhoria da infra-estrutura, ao esmero com cada detalhe dos shows de drag e à atenção constante ao som que está tocando na pista. “Penso em todos os segmentos, afinal o show é 40 minutos, e as pessoas ficam na casa cinco, seis horas.”Na entrevista a seguir, Vitor relembra os melhores momentos desses 15 anos de história e mostra sob qual ritmo dançam os pelo menos 17 profissionais responsáveis por colocar a casa em funcionamento todo sábado e domingo – o dia mais famoso. Confira o bate-papo que a gente teve com ele em seu escritório na casa azul em uma chuvosa tarde paulistana. No álbum, momentos marcantes dessa trajetória: Aniversário da Blue é sinônimo de futebol das drags, que dia vai rolar neste ano? Este ano o aniversário vai ser depois do Carnaval, que é no começo de março. Nunca cai em março, mas neste ano caiu. Vamos fazer o aniversário nos dias 19 e 20 de março, sábado e domingo. Vai ter o futebol no domingo à tarde. A gente já realiza isso há 15 anos, desde o primeiro ano a gente faz o futebol.Como era aqui há 15 anos? Por que você decidiu abrir a Blue neste endereço? Na verdade já tinha uma boate gay aqui que chamava Anjo Azul. Fechou, não rolou. Tinha clube nos Jardins, você ia lá no Massivo por exemplo, não tinha estacionamento. Então você acabava achando um lugarzinho na rua, pagava trinta reais pro cara cuidar do seu carro, e ele nem cuidava. Então muita gente deixava de ir pra boate, porque naquele tempo não era chamado de balada. Aqui era bom, tinha estacionamento para mil carros na rua. A Anjo Azul chegou a fechar e você abriu ou continuou as atividades dela?Fechou e já estava há um tempo fechada, não lembro quantos meses. Então o povo tinha até esquecido, nem chegava a lembrar muito. O forte da Anjo Azul era no domingo, por isso que eu comecei no domingo também. Falei: vou dar uma continuidade no trabalho, só que sempre visando essa linha de shows. Eu sempre gostei muito de shows, e na época que eu abri a Blue São Paulo estava muito carente de shows, não tinha mais nada na verdade. Desde o primeiro domingo eu comecei já com balé, com bastante humor, que eu sei que o público gosta. Fazendo uma coisa um pouco diferente.Você sempre acreditou no potencial do show de drag, na coisa teatral em cima do palco mesmo em uma época na contramão.Sabe o que acontece? Alguém tem que manter a tradição. O show de drag é uma cultura quer não pode parar. Hoje é drag, antigamente era transformista, hoje tudo é drag, até as humoristas. Não pode parar essa cultura, é uma coisa forte, bonita nossa, tanto que eu nunca parei. Mesmo nos momentos em que ouvia coisas como que eu era retrógrado, que estava investindo em shows quando ninguém mais fazia isso.Mas se você investe é porque tem uma demanda do público, não é?Sim, tem um público que consome esse tipo de espetáculo. Tem quem gosta e tem quem não gosta, essa é a verdade. A Blue é uma opção de onde vai ter esse show. Mas ao mesmo tempo a gente não descuida do som, temos grandes DJs como o Robson Mouse, o Hebert Ton e o Breno Barreto. Não descuidamos da pista, da qualidade do som. Eu reputo como um dos melhores sons de São Paulo. Na iluminação nós temos um show room. Tem um painel de led de alta definição na cabine que poucos clubes em São Paulo têm, não penso só no show. Penso em todos os segmentos, afinal o show é 40 minutos, e as pessoas ficam na casa cinco, seis horas. E você levou isso para Brasília agora também.Vou contar a verdade. A gente tentou levar show pra lá no começo, mas quem conseguiu levar mesmo foi nossa parceria de sexta-feira com a Let’s Club. A gente tentou e não deu certo. As pessoas não responderam como a gente esperava. Então você tem que fazer o quê o público gosta. Aí começamos a fazer essa festa de sexta com show e deu certo. A gente tem que dar os méritos para quem merece. Alguns shows vão daqui prontos, outros são produzidos lá. 99% das drags que vão são daqui. Eles são muito competentes, fazem uma festa temática toda sexta-feira, decoram a boate toda. A Blue tem um elenco cheio de estrelas drag queens. Elas estão aqui há muito tempo. Como é essa relação?Vira uma família. Para você ter uma ideia, a mais nova que tem na casa é a Striperella, que está aqui há mais de três anos. É difícil eu dizer por que elas ficam. A gente procura fazer daqui um bom lugar para trabalhar. Acho que elas se sentem valorizadas. Porque você não joga um artista no palco sozinho e fala ‘bate cabelo e se vira, viado’. Não, a gente dá todo o apoio, a estrutura. Tem um palco que gira, um elevador que sobe, um que desce, painel de led. Tem equipe de produção atrás, tem balé, tem figurino. Isso valoriza o trabalho delas.São quantas pessoas para fazer palco girar, bicha subir, luz acender?A Blue é uma família, mas também é uma empresa. Então a gente tem uma equipe de funcionários registrados, com plano de saúde, tudo direitinho dentro da lei. Eu tenho uma pessoa que faz toda essa engenharia de palco, faz girar tudo. Tem o decorador, que é o Alex, que é gerente da casa também. E tem uma equipe que entre coreógrafos, pessoas que montam a parte técnica, deve ter mais de 17 pessoas no total. Só na parte técnica dos shows são seis pessoas. Tem ainda pessoas que filmam, que ficam na cabine... Tem empregos diretos e indiretos, bastante gente sobrevive do trabalho aqui da Blue Space.E tem também essa característica de muito tempo com todos os funcionários?Sim, até mesmo nessa coisa de compras, de gráfica, a gente tenta fidelizar. Porque suponhamos que o cara vem me entregar a bebida e naquela semana eu não tenho como pagar, nunca aconteceu, mas se um dia acontecer eu tenho certeza de que ele deixa a bebida e vem receber depois. Ele me conhece, eu compro dele há mais de dez anos. Se eu precisar da gráfica com urgência eu tenho certeza de que vão me entregar. Fidelizar é muito bom.Isso é muito difícil no mundo da noite onde boate abre e fecha em dois segundos.Mas eu acho que hoje os clubes estão mais estáveis. Nós temos 15 anos, a The Week acho que vai fazer sete, no centro a Danger já tem cinco, seis anos. A Cantho fez três anos. Você vê que os clubes com estrutura vieram e ficaram. Tem que investir. O que não dura muito são aqueles clubinhos de moda. É moda por três meses só. O público que vai em casa que é moda troca de lugar quando surge outro lugar da moda. Acho que tem mais profissionalismo hoje em dia. Cada um no seu segmento está fazendo muito bem, porque o público gay é muito exigente, não aceita mais ter um sonzinho de garagem.Por isso tem que ter palco que gira, bicha que sobe... Já aconteceu algum bafo nessa engrenagem?Já. O palco uma vez parou. Uma das coisas mais legais que aconteceu aqui foi uma vez que a Talessa Top foi fazer um show e era uma música da Marisa Monte. Na época era MD, e o MD é uma fita cassete melhorada. Então parou no meio do show. O pessoal continuou cantando e ela fazendo o número até o final com o balé, isso foi lindo. Já parou o palco no meio, foi uma semana depois da estreia. É mecânico, pode falhar. A cortina uma vez estava subindo e parou na metade. Nós corremos e arrancamos a cortina fora porque o show tem que continuar. O elevador que vem do chão já parou na metade também, o pior é que foi no primeiro número. É mecânico, ao vivo!Tem uma história bem conhecida de quando a Márcia Pantera sofreu um acidente, se mobilizaram pela recuperação dela...Aí já não foi tão engraçado. Essa mobilização foi uma idiotice que um fulano fez pra prejudicar a gente. Aconteceu um acidente com ela. A gente tinha um balancinho que descia do camarote e ela sentou e na hora de mexer a engrenagem ela enrolou o braço no cabo, e não segurou na barra de ferro. A mão dela prendeu na engrenagem. Não conseguia parar aquilo, aí o cabo de aço subiu e a mão dela ficou dentro da roldana. Demorou até a gente perceber o que estava acontecendo com a música alta, o povo gritando. Aí imediatamente ela foi pra Santa Casa e nós demos toda a assistência do mundo para ela, não faltou nada para ela. Mas tem pessoas que se aproveitam da situação para prejudicar os outros. Aí resolveram fazer uma festa beneficente para ela – que não precisava. Não foi ninguém na festa. Hoje em dia está tudo bem, ela continua trabalhando aqui, está tudo ótimo. Foi muito chato, muito triste, a gente não culpa ninguém, mas tentaram usar isso para ferrar com a gente, foi uma coisa pessoal. Me deu vontade de largar tudo vendo a maldade de algumas pessoas. Mas aí passou o tempo, ela foi muito bem tratada, não faltou nada para ela. Foi tudo muito bem feito. Aí fizemos uma festa da volta dela, A Volta da Pantera. E a figura que fez todo o alarde estava no camarote.Tem muito famoso que vem aqui também, não é?Ah, tem muita gente. Cauã, Grazi, Geisy. Tem gente que vem e não gosta de ser fotografada. Nem sei te dizer quanta gente já veio nesses 15 anos. Tem gente que vem disfarçada, tem gente que vem e a gente acaba nem incomodando. Os que gostam de aparecer a gente brinca no show e tudo. Até mesmo o falecido Clodovil quando veio ficou no camarote quieto, ninguém fez alarde. Ele veio para ver o show. Vem também gente disfarçada, mas não posso falar o nome. Vem com boné, cachecol, gola alta. Uma vez a gente tinha programado para a Thalia Bombinha fazer a Wanessa Camargo, na época ainda era Camargo. Com o bonezinho que ela usava e tal. E foi incrível porque a Wanessa estava aqui, pareceu combinado, e não foi. Ela assistiu e adorou. Acho que nessa época ela nem imaginava ainda em trabalhar com música eletrônica.Você estava falando de maldade? Como lidar com egos, com o veneno gay?Olha, veneno é uma coisa que não me atinge porque eu já tomei uma vacina poderosa que é muita oração. Sempre pedindo a Deus para me proteger desses olhos maldosos. O ego aqui a gente tem que administrar, lá fora eu nem saio muito então estou meio imune a isso. Aqui é como administrar um hospício, porque artista tem a sensibilidade à flor da pele, por isso ele é artista. Então você precisa saber entender aquele momento. Tem dia que a pessoa vem aqui e está mais revoltada, às vezes mais feliz. É difícil, mas eu dou um jeito. E trabalha com a gente quem quer, de vez em quando você precisa fazer valer a voz do pai, do patrão, depende do momento, do que está acontecendo. Mas a gente tem umas regras aqui, ninguém fez, mas elas existem implicitamente.Que tipo? Existe uma guerra de drags?Aqui não pode ter fofoca, não pode ter briga, todo mundo tem que se respeitar e se ajudar. Então o que é bacana, pelo menos aqui, é que uma drag ajuda a outra a se vestir, coisa que antigamente não existia não. Agora não tem guerra de drag aqui não. Isso foi sendo construído pela nossa maneira de ser, de tratar. Se eu estou te tratando bem, te ajudando, colaborando, por que você vai estragar o nosso ambiente? É cultivar um lado humano, porque eles são humanos. Eu sempre digo que o show de drag sempre dá certo porque eu sou fã dos shows. Eu gosto de show, eu fico na cabine vibrando quando é legal. Às vezes até exagero nos elogios, mas é porque eu gosto. Mas tem muita gente que gonga, tem preconceito.Tem muita gente que não dá valor a isso, acha que simplesmente bota peruca, se veste de mulher e vai pro palco. Não é assim. Você imagina que se todo mundo colocasse um salto e uma peruca e fosse pro palco não tinha público. Não é qualquer uma. De vez em quando aparece gente aqui dizendo que é drag, que faz show. Não faz show, não sabe nem dublar direito. Até bater o cabelo é uma arte. A transformação é tão fantástica, é arte pura. Todas elas viajam o Brasil inteiro, elas vão para lugares inusitados como Santarém, Rio Branco, Macapá. É impressionante. Já teve algum caso muito grave de violência?Nunca, nunca. Raramente tem, briga, e é daquelas de namorado ciumento. É muito difícil alguém brigar aqui. Não temos histórico de agressão por parte de segurança, por exemplo. Teve um caso muito engraçado que a gente foi na delegacia da qual a gente está subordinado aqui na região e o delegado me pediu para contar onde era essa casa. Ele se perguntava como que tinha uma casa noturna há dez anos na região dele e nunca havia tido uma ocorrência. Eu acho que o gay sai para se divertir, não para brigar. Vem mais 15 anos por aí?Se Deus quiser. Enquanto eu aguentar, porque eu não sou mais criança, mas tem quem continue se eu decidir parar. A gente não sabe quanto tempo dura uma boate. Eu abri a Blue Space com a pretensão de ficar três anos, que é o que durava um clube na época, não durava mais do que três, quatro anos. A Gents quando abriu revolucionou, eu achei que iria durar 50 anos. Acho que foram cinco só. A fila anda. É por isso que todo ano a gente gasta uma grana aqui no aniversário mudando a boate toda. A gente só não muda as pessoas. Led novo, pintura nova, tudo novo. Porque eu posso ficar velho, mas a casa não pode. Mudamos o logo, vamos mudar o site. Você tem que modernizar, mas o conceito continua o mesmo. É legal o público saber que a gente investe o dinheiro de volta nele.
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Bruno Chateaubriand é embaixador de baile gay de Carnaval


Bruno Chateaubriand vai ser o embaixador do Baile Gay da série de festas da marca de cerveja Devassa no carnaval do Rio de Janeiro deste ano. A festa rola na terça-feira da folia, dia 8 de março, a partir das 22h, no Armazém 4 do cais do porto do Rio, que está sendo todo revitalizado. “É um baile da diversidade, nada de cultura de gueto. Vamos ter gays, mulheres bonitas e os heterossexuais também estão convidados”, diz Bruno no vídeo que você confere logo abaixo.As atrações serão divididas em dois palcos: o Carioca, com Pagodeiros da Cidade Nova e Grupo Meu Kantinho cantando Partido Alto e Samba de Raiz; e o Rio de Janeiro,com a Orquestra Devassa, Eduardo Dussek, Marcos Sacramento e Soraya Ravenle, Blocos do Barbas e Imprensa que eu Gamo, além da apresentação dos vencedores do Concurso Oficial de Fantasias.
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Bloco LGBT de Cabo Frio vai homenagear as mulheres


O Carnagay, bloco LGBT da Região do Lagos, no Rio de Janeiro, vai neste ano homenagear as mulheres e lembrar a força que ela vêm conquistando nos últimos tempos. O Carnaval 2011 do bloco vai ter como tema “Mulher é Babado!” (com abadás estampados com a imagem de Dilma Roussef) e desfila no dia 5 de março, sábado, na Praia do Forte, principal cartão postal da região.A concentração para a folia começa às 13h na Praia do Forte, na altura da Rua Aléxis Novellino. A festa vai contar com som de quatro DJs que prometem remixar de Lady Gaga a Adoniran Barbosa. Mais informações pelos telefones (22) 9263-4339 e (22) 92189332 ou pelo e-mail carnagay@hotmail.com.br.
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Carnaval de Floripa: Estão abertas inscrições para Pop Gay


Estão abertas inscrições para bonitas interessadas em participar do festival Pop Gay, durante o Carnaval de Florianópolis. A 18ª edição do evento vai premiar com R$ 2 mil as melhores performers nas categorias Drag Queen e Beauty Queen. Quem quiser participar deve se inscrever na sede da Secretaria de Turismo (Rua Tenente Silveira, 60, 5º andar - Centro).Também será possível se inscrever no dia em que o Pop Gay será realizado, 07 de março, segunda-feira de Carnaval, das 18h às meia-noite. A festa rola na praça Tancredo Neves e pretende reunir cerca de 40 mil pessoas.
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Governo Obama condena lei contra casamento gay


Barack Obama acaba de enviar um forte sinal a favor dos LGBT. O presidente dos Estados Unidos declarou na última quarta-feira, 23, que não mais apoiará o Ato de Defesa do Casamento. A lei federal atualmente em vigor reza que casamento deve ser apenas entre homem e mulher, além de desobrigar os Estados a reconhecer matrimônios realizados entre pessoas do mesmo sexo. De acordo com Eric Holder, secretário de Justiça dos EUA, Obama conclui que não há fundamento racional para manter a discriminação a casais gays. Ainda segundo Holder, os debates sobre o Ato de Defesa do Casamento evidenciaram "numerosas expressões que refletem uma desaprovação moral aos gays e às lésbicas e às suas relações íntimas e familiares, precisamente o tipo de pensamento estereotipado que a Cláusula de Proteção Igualitária da Constituição dos Estados Unidos visa a combater". Entidades como a Human Rights Watch, que defende os direitos humanos, comemoraram a mudança, classificando a decisão presidencial como "monumental". Atualmente seis estados norte-americanos autorizam uniões gays: Connecticut, Iowa, Massachusetts, New Hampshire, Vermont e capital, Washington.
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STJ adia votação sobre união estável gay


O julgamento sobre união estável gay no Superior Tribunal de Justiça foi interrompido nesta quarta-feira, 23. O adiamento foi decorrente de um pedido feito pelo ministro Raul Araújo, que pediu vistas do processo. Trocando em miúdos, Araújo solicitou mais tempo para analisar melhor os autos.Antes do pedido ser feito, quatro ministros votaram a favor de conceder a casais homossexuais em união estável os mesmos efeitos legais garantidos a uniões heterossexuais. Dois se manifestaram contra. Com isso, a decisão que abriria jurisprudência em todo o Brasil para tratar de uniões gays depende de apenas um ministro.Um dos votos favoráveis foi da relatora do processo, ministra Nancy Andrighi. Para ela, mesmo com a falta de uma lei que estabeleça normas para uniões homoafetivas, é preciso garantir os direitos fundamentais de todos, sem distinção.“Enquanto a norma não se amolda à realidade, é dever do juiz emprestar efeitos jurídicos adequados a relações já existentes, a fim de evitar a velada permissão conferida pelo silêncio da lei. A ausência de previsão legal jamais pode servir de pretexto para decisões omissas ou ainda calcadas em raciocínios preconceituosos, evitando, assim, que seja negado o direito à felicidade da pessoa humana”, afirmou a relatora. Os ministros João Otávio de Noronha, Luis Felipe Salomão e Aldir Passarinho Junior foram os outros que votaram a favor dos LGBT. Ficam faltando os votos de quatro ministros, sendo que o presidente da Seção só vota em caso de empate. Ainda não há uma data para que o assunto seja retomado no STJ.RelembreOs ministros da Segunda Seção do STJ julgam um processo movido por um homem do Rio Grande do Sul que diz ter vivido em união estável com o então companheiro, entre 1993 e 2004. Nesse período o casal adquiriu bens móveis e imóveis, todos em nome do ex-parceiro do proponente. O relacionamento acabou e o homem foi à Justiça pedir partilha dos bens e pensão de alimentos, já que dependia financeiramente do ex.Em primeira instância, a Vara da Família no Rio Grande do Sul considerou procedente ambos os pedidos. Já o Tribunal de Justiça estadual, apesar de reconhecer a união estável homoafetiva, afastou a obrigação sobre pagamento de pensão. Para o TJRS, a pensão alimentícia não seria cabível, já que o homem é jovem e capaz de trabalhar. O ex-companheiro do autor da ação foi então ao STJ alegando que a decisão da instância estadual fere os códigos civis de 1916 e 2002, que estabelecem união estável como aquelas entre homem e mulher. Ele quer dividir apenas os bens adquiridos durante a união, mediante comprovação de contribuição feita por cada uma das partes.
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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Curitiba recebe oficina em homenagem ao Dia da Mulher


A Associação Paranaense de Mulheres Lésbicas e Bissexuais (Artemis) vai realizar no próximo dia 12, em Curitiba, sua 1ª Oficina em Comemoração ao Dia Internacional da Mulher (8 de março). O evento rola das 9h às 18h na Aliança Paranaense pela Cidadania LGBT, que fica na Rua Marechal Floriano Peixoto, 366, sala 46 – Centro. Mais informações pelo e-mail artemis.apl@gmail.com.
central

Superior Tribunal de Justiça votará sobre união estável gay nesta quarta


A união estável de casais homossexuais estará na pauta do Superior Tribunal de Justiça nesta quarta-feira, 23. Os ministros da Segunda Seção do STJ irão julgar um processo movido por um homem do Rio Grande do Sul que diz ter vivido em união estável com o então companheiro, entre 1993 e 2004. Nesse período o casal adquiriu bens móveis e imóveis, todos em nome do ex-parceiro do proponente. O relacionamento acabou e o homem foi à Justiça pedir partilha dos bens e pensão de alimentos, já que dependia financeiramente do ex.Em primeira instância, a Vara da Família no Rio Grande do Sul considerou procedente ambos os pedidos. Já o Tribunal de Justiça estadual, apesar de reconhecer a união estável homoafetiva, afastou a obrigação sobre pagamento de pensão. Para o TJRS, a pensão alimentícia não seria cabível, já que o homem é jovem e capaz de trabalhar. O ex-companheiro do autor da ação foi então ao STJ alegando que a decisão da instância estadual fere os códigos civis de 1916 e 2002, que estabelecem união estável como aquelas entre homem e mulher. Ele quer dividir apenas os bens adquiridos durante a união, mediante comprovação de contribuição feita por cada uma das partes.
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STJ adia votação sobre união estável gay


O julgamento sobre união estável gay no Superior Tribunal de Justiça foi interrompido nesta quarta-feira, 23. O adiamento foi decorrente de um pedido feito pelo ministro Raul Araújo, que pediu vistas do processo. Trocando em miúdos, Araújo solicitou mais tempo para analisar melhor os autos.Antes do pedido ser feito, quatro ministros votaram a favor de conceder a casais homossexuais em união estável os mesmos efeitos legais garantidos a uniões heterossexuais. Dois se manifestaram contra. Com isso, a decisão que abriria jurisprudência em todo o Brasil para tratar de uniões gays depende de apenas um ministro.Um dos votos favoráveis foi da relatora do processo, ministra Nancy Andrighi. Para ela, mesmo com a falta de uma lei que estabeleça normas para uniões homoafetivas, é preciso garantir os direitos fundamentais de todos, sem distinção.“Enquanto a norma não se amolda à realidade, é dever do juiz emprestar efeitos jurídicos adequados a relações já existentes, a fim de evitar a velada permissão conferida pelo silêncio da lei. A ausência de previsão legal jamais pode servir de pretexto para decisões omissas ou ainda calcadas em raciocínios preconceituosos, evitando, assim, que seja negado o direito à felicidade da pessoa humana”, afirmou a relatora. Os ministros João Otávio de Noronha, Luis Felipe Salomão e Aldir Passarinho Junior foram os outros que votaram a favor dos LGBT. Ficam faltando os votos de quatro ministros, sendo que o presidente da Seção só vota em caso de empate. Ainda não há uma data para que o assunto seja retomado no STJ.RelembreOs ministros da Segunda Seção do STJ julgam um processo movido por um homem do Rio Grande do Sul que diz ter vivido em união estável com o então companheiro, entre 1993 e 2004. Nesse período o casal adquiriu bens móveis e imóveis, todos em nome do ex-parceiro do proponente. O relacionamento acabou e o homem foi à Justiça pedir partilha dos bens e pensão de alimentos, já que dependia financeiramente do ex.Em primeira instância, a Vara da Família no Rio Grande do Sul considerou procedente ambos os pedidos. Já o Tribunal de Justiça estadual, apesar de reconhecer a união estável homoafetiva, afastou a obrigação sobre pagamento de pensão. Para o TJRS, a pensão alimentícia não seria cabível, já que o homem é jovem e capaz de trabalhar. O ex-companheiro do autor da ação foi então ao STJ alegando que a decisão da instância estadual fere os códigos civis de 1916 e 2002, que estabelecem união estável como aquelas entre homem e mulher. Ele quer dividir apenas os bens adquiridos durante a união, mediante comprovação de contribuição feita por cada uma das partes.
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Antes homofóbico, pastor evangélico diz ser a favor do casamento gay


A capa da mais recente edição da revista gay norte-americana "The Advocate" deixou muita gente surpresa. A publicação é estampada por Ted Haggard, pastor evangélico que há anos ficou conhecido por fortes posicionamentos anti-gays. Na entrevista, Haggard diz que reviu suas opiniões e hoje diz ser favorável ao casamento entre pessoas do mesmo sexo.Muita coisa aconteceu na vida do religioso antes dessa mudança. Até 2006, quando era líder da Igreja Vida Nova, nos EUA, Haggard falava abertamente contra homossexuais. Mas naquele ano ele foi pivô de um escândalo envolvendo drogas e um garoto do programa. Ao ouvir o discurso homofóbico do pastor em uma rádio, um jovem identificado como Mike Jones ligou para a emissora e disse que havia passado uma noite com o religioso e que, a seu pedido, havia comprado metanfetamina. À revista Haggard admitiu ter pedido ao rapaz que lhe comprasse a droga, mas disse ter jogado tudo fora. Afirmou também que não havia transado com Jones e que o jovem tinha feito apenas uma massagem. Depois do escândalo, Haggard começou a fazer terapia.Casado e pai de cinco filhos, hoje ele diz que casamento é algo sagrado, independente de orientação sexual. "Acredito que igrejas, sinagogas e templos devem ter total liberdade para ter qualquer tipo de união que julguem ser divinas. Se não respeitarmos as liberdades civis individuais, estaremos cometendo um grande erro. Digo aos religiosos que nõs devemos ser rápidos para ouvir, mas lentos para falar e para ter raiva do assunto. Ou então iremos ficar constrangidos daqui a 10 ou 20 anos", ponderou.
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Vencedor do festival Mixbrasil vai estrear em circuito comercial


Longa que abriu e venceu a 18º edição do Festival Mixbrasil de Cinema da Diversidade Sexual, em 2010, o peruano “Contracorrente” vai chegar ao circuito comercial dos cinemas brasileiros a partir de 18 de março pelas mãos da Festival Filmes, que já distribuiu por aqui produções de sucesso como “Pecado da Carne”, “De Repente Califórnia”, “Eu Matei Minha Mãe” e “Patrik 1.5”.Dirigido, por Javier Fuentes-Léon, “Contracorrente” foi eleito em 2010 no Festival Mixbrasil o Melhor Longa-metragem na escolha do público. O filme conta a história de Miguel (Cristian Mercado), homem respeitado na vila onde vive com sua esposa, Mariela (Tatiana Astengo), grávida do primeiro filho do casal. Mas Miguel tem um caso com um artista forasteiro, Santiago (Manolo Cardona), e vai ter que decidir se tem coragem o bastante para assumir seus sentimentos.
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Gays fogem do nazismo em peça em Belo Horizonte


O Grande Teatro do Palácio das Artes, em Belo Horizonte, vai receber no próximo domingo duas apresentações especiais do espetáculo “Bent”, escrito em 1979 pelo dramaturgo norte-americano Martin Sherman e que narra a perseguição aos homossexuais na Alemanha durante a ascensão do nazismo. A história se passa em um campo de concentração, onde judeus, homossexuais e prisioneiros políticos tentam sobreviver.Tudo começa em 1934, quando o boêmio e descompromissado Max é preso pela Gestapo, a polícia nazista, e nega sua homossexualidade. Mesmo assim, vai para o campo de concentração, onde conhece o assumido e militante Horst, que vai lhe oferecer um outro ponto de vista sobre a vida e a sexualidade.“A peça discute o posicionamento social de Max que, à medida que nega ser homossexual, tenta ser outra pessoa e adota a mentira como única maneira de sobreviver à perseguição na sociedade, reduzida ao cotidiano do campo de concentração”, explica o diretor, Kleber Junqueira. A montagem estreou em Belo Horizinete em 2010 e foi vencedora do VI Prêmio Cidadania e Direitos Humanos LGBT da capital mineira. Bent quer dizer certo tipo de aptidão para a arte, mas era também uma palavra usada pelos nazistas para se referir pejorativamente aos homossexuais. A tradução do texto original é de Lajosy Silva.Bent – 27 de janeiroSessões às 17h e 20hGrande Teatro do Palácio das Artes: Avenida Afonso Pena, 1537 - CentroIngressos: antecipados - R$12; na hora - R$20 (meia) e R$40 (inteira)Tel.: (31) 3332-5667Classificação: 16 anos.
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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Selo contra homofobia e Disque 100 são lançados em SP. Marta Suplicy e Maria do Rosário participam


No último sábado, 19, a mesma Avenida Paulista que recentemente assistiu a ataques homofóbicos virou palco de duas iniciativas contra a intolerância à diversidade sexual. Uma delas foi o lançamento do módulo LGBT do Disque Direitos Humanos, ação do governo federal. O evento contou com a presença da senadora Marta Suplicy, da ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, do deputado federal Jean Wyllys, do presidente da ABGLT Toni Reis e do secretário municipal de Direitos Humanos de São Paulo, José Gregori. O número 100, serviço telefônico que já registrava denúncias de abusos cometidos contra crianças e adolescentes, passa a contar também com atendentes especializados em questões relativas à diversidade sexual. Casos como agressão física e verbal cometidos contra homossexuais de todo o Brasil deverão e poderão ser registrados pelo serviço.Em seu discurso, Marta Suplicy classificou como "vergonha" o ataque contra jovens ocorrido na Paulista em 2010 e disse que o Poder Legislativo "se acovardou" diante da questão da homofobia. "Executivo e Judiciário têm promovido algumas ações a favor dos LGBT, mas a sociedade civil organizada tem papel fundamental nesse processo", opinou a vice-presidenta do Senado Federal.Já de acordo com a ministra Maria do Rosário, o governo pretende usar o Disque 100 para localizar casos de homofobia e fazer com que a violência cesse imediatamente. "Se alguém diz: 'preciso de ajuda' em qualquer município brasileiro, é preciso agir em rede. Não é só o atendimento pontual, mas o desenvolvimento de uma política integrada de proteção ao cidadão". Na ocasião foi lançado também o selo "Faça do Brasil um território livre da homofobia", que segundo Maria do Rosário, deverá ser colado em todo lugar que tenha registrado episódios de intolerância contra LGBT. "Esse selo já está colado no governo", garantiu a ministra. Após o evento, também na Avenida Paulista, foi realizado o Ato contra Homofobia, organizado pelo Facebook e que contou com a participação de cerca de mil pessoas.
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Com Marta Suplicy, Jean Wyllys e Ministra Maria do Rosário, Paulista assite barulhento Ato Contra Homofobia


O ataque homofóbico sofrido em frente ao prédio de número 777 da Avenida Paulista serviu de mote para mais um Ato contra a Homofobia, realizado neste sábado, 19, a partir das 15h. Este Ato, como os outros dois anteriores (no Mackenzie e no Vão Livre do Masp, ambos em novembro de 2010) não foi promovido nem divulgado pelos tradicionais grupos ativistas e sim por comunidades no Facebook e no Twitter. Os manifestantes são jovens e bastante barulhentos.O Ato partiu da Praça do Ciclista (na esquina da Paulista com Consolação) por volta das 16h com quórum surpreendente (cerca de 500 pessoas, segundo a polícia militar) e forte proteção policial. Pouco depois dos manifestantes iniciarem sua caminhada em direção ao número 777, a senadora Marta Suplicy, o deputado federal Jean Wyllys e a Ministra dos Direitos Humanos Maria do Rosário se juntaram a eles. Os três fizeram discursos rápidos e foram exaustivamente fotografados. Marta Suplicy, sempre muito a vontade entre a comunidade, era só sorrisos. Ela tirou fotos com todos que chegaram perto, conversou com todos, e bradou todos os gritos de guerra (incluíndo aí "Eu também sou travesti" e "Eu também sou lésbica) e participou de todo o trajeto ao lado de Jean Wyllys muito sorridente. Jean, também bastante asssediado, foi outro que atendeu pacientemente a todos. Jean e Marta dividem a articulação pela criação da nova Frente Paralmentar LGBT em Brasília. O protesto seguiu lentamente até o número 777 da Paulista, onde em outubro de 2010 um grupo de cinco adolescentes espancou um jovem com um lâmpada fluorescente. O ataque covarde virou um símbolo da luta contra homofobia e pela aprovação do PLC 122 _projeto de lei que pretende criminalizar atos como esse e que foi recentemente desengavetado por Marta Suplicy no Senado. Em frente ao número 777, ocorreu um ato bastante simbólico. O Governo Federal acaba de lançar um selo onde se lê "Faça do Brasil um País Livre da Homofobia". Esse selo deve ser colado nos locais onde aconteceram qualquer ato homofóbico (como lojas, bancos, espaços públicos e afins) para que todos se lembrem da homofobia acontecida neste local. Preste atenção: esse selo foi criado pelo governo federal e lançado na tarde deste sábado na Casa das Rosas, na Paulista, pouco antes do Ato contra Homofobia sair às ruas. O primeiro selo, enorme, foi colado no número 777 da Paulista, graças ao simbolismo do cruel ataque ocorrido ali em 2010. A prefeitura de Gilberto Kassab foi informada de que a ministra Maria do Rosário e a senadora Marta Suplicy coloriam aquele selo grande na rua _o que poderia ferir a atual legislação que impede poluição visual nas ruas de São Paulo. Mas a prefeitura permitiu o ato. A Ministra Maria do Rosário quer agora distribuir cópias deste selo em todos os estados brasileiros para que ele seja colado em estabelecimentos que cometam atos discriminatórios contra homossexuais, lésbicas e travestis para que todos saibam que ali já ocorreu algo homofóbico. É uma iniciativa louvável.
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Prefeitura de São Paulo lançará campanha Sampa na Luta Contra a Homofobia neste domingo


A cidade de São Paulo ganhará uma campanha contra homofobia chamada de “Sampa na Luta Contra a Homofobia”. A iniciativa é da Prefeitura da cidade, por meio do CADS, a Coordenadoria de Assuntos da Diversidade Sexual do município.O lançamento da campanha acontecerá neste domingo, 27, no centro da capital paulistana. A rainha do carnaval paulistano, Luana Campos, será embaixatriz da campanha. A campanha pretende elevar as denúncias de atos homofóbicos na cidade, que para a Prefeitura são subnotificados. Eduardo Cardoso, do CADS, pretende “mobilizar a sociedade contra todo tipo de violência”, através desta campanha. Panfletos, cartazes e vídeos serão divulgados em redes sociais. Todo o material terá um telefone para denunciar qualquer ato homofóbico acontecido na cidade de São Paulo, desde um xingamento na rua até as atos discriminatórios que ocorram em estabelecimentos comerciais e públicos.“Nós vamos divulgar os telefones para denúncia e dar dicas de segurança para evitar ataques como os que ocorreram na Avenida Paulista”, revela Eduardo Cardoso. Os cartazes, panfletos e flyes começam a ser distribuídos nos blocos de carnaval que começam nesta segunda-feira, 21, com o Bloco do Redondo. Depois os clubes gays da cidade e bares passam a receber o material. A campanha segue até a Parada Gay, marcada para 26 de junho.
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Rio realiza nesta quarta debate sobre sexo pago no mundo gay


O Grupo Arco-Íris do Rio de Janeiro vai realizar nesta quarta-feira, 16, a partir das 16h, mais uma edição de seu projeto Alokafé, que reúne jovens para discutir temas relacionados ao mundo LGBT. Gratuito, o debate desta quarta vai girar em torno do tão polêmico assunto sexo pago no mundo gay. O encontro rola na sede do grupo, que fica na Rua do Senado, 230 – centro.
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BBB11: Eliminada, Natália considera ensaio sensual com Diana


Emilinada do BBB11 com 54% dos votos na noite da última terça-feira, 15, a mineira Natália já considera a possibilidade de realizar um ensaio sensual com Diana. Durante chat realizado pela Globo.com logo após sua saída, Natália disse não ver problemas em fotografar ao lado da sister."Se a proposta fosse boa, por que não? Ela é minha amiga". Mas a perita criminal aproveitou para dizer que ela e Diana são apenas boas amigas. Ainda durante o bate-papo Natalia disse que não namoraria Diana simplesmente porque gosta de homem, apesar de não descartar a possibilidade um envolvimento mais íntimo: "A Diana é linda. Não namoraria com ela, porque gosto de homem. Mas se rolasse um beijo, qual o problema?", questionou. Tanto Diana quanto Natalia assumiram terem tido experiências com mulheres antes do BBB. Durante uma das festas Diana insistiu para que a amiga a beijasse, sem sucesso. "Quando nós dormimos juntas ela me agarrou várias vezes. Ela se sente culpada pelo que faz", reclamou Diana para Talula no dia seguinte.
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Festival LGBT rola no fim de semana em SP. Confira programação


Já está definida a programação do festival Boys & Girls, evento de cultura LGBT que rola em São Paulo entre os dias 25 e 27 de fevereiro. Com curadoria do produtor Hanilton Scofield, o festival aposta em DJs, artistas e performers que de alguma forma conversam com as várias expressões da diversidade sexual. No espaço Fazendo Arte, por exemplo, contará em cada dia com um artista criando, ali mesmo na hora, uma obra com base no próprio evento. Vai ter também oficina de maquiagem e de DJ.Confira a programação abaixo e marque em sua agenda: O Boys & Girls será realizado na sede da Associação Cultural Dynamite (Rua 13 de Maio, 363 - Bela Vista). A entrada é um quilo de alimento não perecível (exceto sal).25 de fevereiro – 23hsShow Case: Depois do FimDJs: André Pomba, Bruno Chain, Érika Martins & Junior GrayPerformance: Muse from HellFazendo Arte: T. Angel26 de fevereiro – 23hsShow Case: VibrasoulDJs: Bobby Hilton, Ginger Hot, Marcelo Buzzoni & Ru FerreiraPerformance: Will NygmaFazendo Arte Rcocchini27 de fevereiro – 15hsDJs: Caio Führer, Macu, Rocco & Vinny CubzitoApresentação Teatral: Coração Dark RoomFazendo arte: Anelie Schinaider & Junior FucciOficinas de DJ: Nando MarquesOficinas de Maquiagem: Morgana FreireExposição Feira Cultural.


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Insensato Coração ganha dois personagens gays nesta semana. E um barraco daqueles


Uma cena de barraco (e põe barraco nisso) gay é um dos destaques entre os episódios desta semana da novela “Insensato Coração”. A novela ganha dois personagens homossexuais que foram um casal em crise. Um deles é Vicente (Daniel Del Sarto) um cantor sertanejo que precisa esconder das fãs seu namorado. O namorado em questão é o esquentadinho Paulo, personagem de Alejandro Claveaux (que participou da série Clandestinos). :: Insensato Coração: Daniel Del Sarto será o cantor sertanejo gay Vicente vai posar de namorado de Natalie Lamour em uma festa da Barão de Gamboa. Mas seu namorado Paulo vai descobrir tudo e partir para a briga no meio dos fotógrafos todos que cobrem a festa. Tudo isso depois de humilhar a coitada da Natalie.Segundo a sinopse da novela, sentindo-se traído pelo namorado famoso, Vicente termina com ele e desiste de pagar as prestações do carro que havia lhe dado de presente – Paulo decide plantar boatos na imprensa sobre a sexualidade de seu ex (parece muito um recente fato real, né?). Paulo resolve ir tirar satisfações com seu ex no meio da festa e acaba saindo na porrada com Vicente. Ambos caem aos gritos na piscina da boate Barão de Gamboa e no dia seguinte TODAS as revistas contam a história e ridicularizam Ntalie Lamour por ter aceitado passar por namorada falsa do cantor sertanejo gay enrustido.
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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Saiba quem são os deputados e Senadores que re-fundaram a Frente Parlamentar Gay no Congresso


Uma nova Frente Parlamentar Mista pela Cidadania LGBT foi fundada no Congresso Federal, composta de Deputados e Senadores (daí o “mista”). A Frente pretende defender e fazer lobby para aprovar dois projetos nesta legislatura: o PLC 122 (lei que quer criminalizar a homofobia no Brasil), e a união cicil gay (estuda-se ainda apresentar outro projeto de lei no Senado, sob cuidados de Marta Suplicy, para equiparar o casamento gay ao tradicional, aos moldes do que foi arpovado na Argentina recentemente). O deputado federal Jean Wyllys é o coordenador provisório da Frente Parlamentar. Saiba quem são os outros fundadores. Senadora Marta Suplicy (PT)Senadora Marinor Brito (Psol)Deputada Manuela D’Ávila (PC do B)Deputada Erika Kokay (PT)Deputada Fátima Bezerra (PT)Deputado Arthur Bruno (PT)Deputado Rosinha (PT)O grupo agora colherá adesões de outros deputados e senadores até o dia 1º. de março. O lançamento da nova Frente está marcado para o dia 29 de março, às 14h.
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Outro processo corre no Supremo para permitir união gay no Brasil


A ministra do Supremo Ellen Gracie é a relatora de um processo que corre em paralelo ao pedido do governador do Rio Sergio Cabral que pretende que os funcionários públicos homossexuais do Estado do Rio de Janeiro tenham suas uniões reconhecidas como entidade familiar _esse sob relatoria do Ministro Carlos Ayres Britto.O processo que está nas mãos da Ministra Ellen Gracie foi protocolado pela Procuradoria Geral da República, órgão ligado à Presidência da República, em julho de 2009 (portanto, quando era comandada por Lula). Para a então vice-presidente da Procuradoria, Deborah Duprat, o artigo 1723 do Código Civil (que limita o direito a união estável apenas para casal formado por homem e mulher) seria inconstitucional por não reconhecer o direito dos casais LGBTs a união estável homossexual, entendidas por ela como entidade familiar. No Supremo, o pedido ganhou o nome de Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4277 e pode ser consultado no site do Supremo. No caso de qualquer ADI _que é quando se questiona se o Congresso acabou aprovando um artigo inconstitucional_ o relator do processo no Supremo _no caso, Ellen Gracie_ pede para que o Congresso se manifeste a respeito do pedido. O presidente do Senado, José Sarney, deu seu parecer sobre o assunto em março de 2010, por meio da Advocacia do Senado. E ele não acha que o artigo 1723 é inconstitucional e nem que as relações homafetivas devam ser reconhecidas como entidade familiar. Veja trechos.
"10. ... o art. 1723 do Código Civil dispôs como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher... Ainda que uma união homoafetiva se configure na convivência pública, contínua e duradoura, com a intenção de constituir “família”, TAL CONJUNÇÃO NÃO É CARACTERIZADA COMO ENTIDADE FAMILIAR POR NOSSO ORDENAMENTO JURÍDICO... "15. ... a união homoafetiva sequer encontra-se prevista no nosso ordenamento como situação jurídica a ser amparada, mas – E NESTE PONTO ACERTAM OS TRIBUNAIS – como SOCIEDADE DE FATO.16. Em conclusão, não há inconstitucionalidade no art. 1723 do Código Civil ao estabelecer como ENTIDADE FAMILIAR a união estável entre HOMEM E MULHER, conceito recolhido do 3º do art. 223 da própria Constituição... , devendo a união homoafetiva, enquanto não dispuser o legislador a fixá-la como entidade própria, DISTINTA DA FAMILIAR, ainda que o objeto de igual proteção do Estado, continuar recebendo tratamento analógico aplicável a cada caso concreto"Sarney continua na Presidência da Casa. Mas agora a vice presidenta do Senado é Marta Suplicy. E ela já marcou uma reunião com a Ministra Ellen Grace para debater essa matéria. A reunião acontecerá na próxima semana.
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Carta ao homofóbico que arrancou meu sangue


Leitor desabafa em texto emocionado após ataque homofóbico
Caro homofóbico,
Suponho que agora, depois de ter me surrado, você esteja um pouquinho mais feliz.Mesmo com dor pelo corpo todo, hematomas, nariz quebrado, sangue coagulado, marcas, costelas quebradas, mesmo sentindo toda a dor do mundo por ter sido espancado covardemente por você, fico feliz que tenha tido o poder imenso de te fazer um pouquinho mais feliz, ao menos, enquanto a surra durou. Você pode me bater, me socar, xingar, tirar meu sangue, até me matar, mas, tenha a certeza de que aquela sementinha que você queria arrancar e tornar-me igual a você, continua aqui, intacta. Ainda continuarei te assombrando com o meu rebolado, com as minhas roupas chamativas, com o fato de eu amar e sentir tesão por outro homem, de cometer o crime inafiançável de andar de mãos dadas com outro homem no meio da rua. Sabe essa felicidade que você viu estampada no meu rosto e que quis arrancar com socos e pontapés? Pois é, felizmente, ela continua aqui e não vai a lugar algum. Depois que a dor passar, que os ossos sararem, que meu medo cessar, vou continuar sendo gay, feliz, completo, e você? Aqueles minutos em que me bateu já passaram e com eles o sentimento de poder e invencibilidade se foram também, não é? Agora você voltou a se sentir o lixo que você é, voltou a sentir o vazio que te consome as entranhas, voltou a engolir todos aqueles sentimentos que você teima em esconder, não é? Ao me bater você se sentiu poderoso, homem com H maiúsculo, forte, machão, invencível. E agora, como voltar a ter essa sensação de novo? Bater em mais alguém? Pode até ser, mas e depois? Vai ficar batendo nas pessoas a sua vida inteira para se sentir bem consigo mesmo? Que vida triste essa sua. Prefiro a minha, aposto na minha – o sangue para de correr, a dor passa, mas esse vazio que você sente aí dentro vai passar? Pode ter a certeza que não. Ao me recuperar consegui pensar em muita coisa. Qual o real motivo de você ter me surrado? Eu estava apenas andando na rua, com minhas roupas chamativas, com meu cabelo diferente, com um jeito de andar diferente. Por que você me escolheu para descarregar todas as suas frustrações por meio da violência? O que passou na sua cabeça quando você parou, me olhou, analisou, percebeu que eu era diferente de você e, simplesmente, resolveu me bater? O que você queria matar em mim? Minha sexualidade? E por que ela incomoda tanto a você? Eu sequer percebi a sua presença, não pode usar da desculpa que eu dei em cima de você, feri a sua masculinidade te olhando com olhos de desejo. Será que feri o seu orgulho de macho apenas por ser quem eu sou? Será que você gostaria de se libertar de todas essas amarras com as quais cerceou a sua vida e ser igualzinho a mim? Eu daria tudo para saber o que se passou na sua mente nesses segundos antes de tomar a decisão. Será que nos seus pensamentos, nos seus mais loucos devaneios, você realmente achou que me batendo mataria em mim o gay que eu sou? Não vê que assim, você me dá mais poder do que eu jamais pensei que teria? Eu só posso ser muito especial a ponto de você se incomodar tanto e querer me machucar. Será que eu tenho alguma coisa realmente muito poderosa que você quer tão ardentemente arrancar de mim? Fiquei divagando, e se eu usar essa coisa que você tanto quer a meu favor? Que puta poder eu teria, então. Imaginou se todos os gays do mundo (e olha que são muitos, pode acreditar) usassem esse poder, essa coisa especial, a seu favor? Seria uma revolução. Você já pensou nisso, não seria melhor, então, nos deixar ser quem somos do que nos dar tanto poder? Em todas as guerras que já aconteceram ao longo da história da humanidade, os povos se matavam porque queriam alguma coisa que estava em posse do ‘inimigo’. E quando essa ‘coisa’ passava de um povo para o outro, ele não se fortalecia e virava uma potência? É isso que você quer? Pegar a minha sexualidade para si e, assim, sentir-se completo e fortalecido? Imagina se todos os gays que já foram vítima de algum tipo de preconceito entendessem que sofreram essa retaliação porque têm em sua sexualidade um poder imensurável? Como seria? Certamente iríamos lutar de volta, mas sem a violência, porque somos seres humanos e não monstros boçais. Aí a história seria outra. Eu percebi isso, que toda a sua violência foi em vão, porque estou mais forte, mais confiante. O que você quer, afinal, que eu me intimide, fique com medo de apanhar de novo e pare de usar roupas chamativas, de andar de mãos dadas com meu namorado, de beijar a pessoa que eu amo, de amar outro homem, e me transforme em você? Uma pessoa fria, infeliz, que passa pela vida apenas por passar, sem grandes ambições, a não ser bater e acabar com tudo aquilo que o lembre de toda a sua mediocridade? Não, muito obrigado, a vida é curta e eu quero mais é viver, ser feliz, aproveitar cada segundo que me resta como se fosse o último, não tenho tempo a perder com idiotices, covardia, intolerância e mediocridade. Você arrancou o meu sangue, mas deixou marcado na minha alma algo muito mais profundo e importante: ser quem eu sou, aceitar quem eu sou e a minha verdade, é uma arma muito poderosa. E se isso te incomoda tanto, desculpe, eu não tenho nada a ver com isso, afinal, nem te conheço. Podem dizer o contrário, mas eu sei que vou para o céu. Afinal, qual o meu crime? Amar, simplesmente. E o seu? Se as igrejas e as religiões acham que isso é adorar Deus, incitar o ódio contra as diferenças, desculpe, mas isso não é para mim e não deveria ser para ninguém que é humano e tenha alguma noção de humanidade. Você tem todo o direito de não me aceitar, de achar que o que eu faço é errado, que eu vou queimar no fogo do inferno, mas daí a partir para violência? Quem será que está errado nessa história? Quem é você para me julgar? Antes de me apontar o dedo, por que você não se olha no espelho e repensa tudo que faz de errado? Obrigado pelos hematomas. Eles se tornarão cicatrizes de uma guerra que você acha que ganhou. O que você fez, realmente? Me bateu covardemente no meio da rua. E eu? Ganhei mais força para me obrigar a ser feliz. E, enquanto eu for feliz, com minha coragem e minhas marcas da batalha, você continuará atolado na merda em que você afundou a sua vida e onde enterrou todas as suas chances de ser um pouco menos infeliz. Quem ganhou, afinal? Para um querido amigo que foi vítima, ontem (15/2), de um troglodita.
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RJ: Militância vai distribuir 10 mil camisinhas em oito municípios


Oito grupos de defesa dacidadania LGBT da baixada litorânea do Rio de Janeiro vão se unir no próximo domingo, 20, para fazer um verdadeiro arrastão contra a AIDS distribuindo pelo menos 10 mil camisinhas em oito municípios da região. E no sábado, 19, vai ser realizada em Cabo Frio uma Oficina de Multiplicação do Treinamento em Advocacy, promovida pela Rede LGBT do Interior Fluminense.“Nossa região aponta números alarmantes nos boletins epidemiológicos. Em nenhum dos municípios existe um trabalho da gestão municipal voltado diretamente pra nossa comunidade”, explica Cláudio Lemos – Presidente da Rede LGBT do Interior Fluminense. Com apoio da Secretaria Estadual de Saúde e Coordenações Municipais das cidades envolvidas, a Blitz de Prevenção vai ser realizada em praias, bares e clubes pelos grupos Cabo Free (Cabo Frio), Aldeia Diversidade (São Pedro da Aldeia), Cores da Vida (Rio das Ostras), Búzios Free (Armação de Búzios), Arraial Free (Arraial do Cabo), Milagre da Vidda (Macaé), Araruama Free (Araruama) e Saquá Free (Saquarema).Mais informações pelo e-mail grupocabofree@hotmail.com.
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SP: Inscrições abertas para jornada de homoparentalidade


Já estão abertas as inscrições para a I Jornada Brasileira Interdisciplinar Sobre Homoparentalidade, que será realizada em São Paulo no dia 19 de março, a partir das 8h, no Auditório Stael Prado Filho (Rua Martiniano de Carvalho, 851- Bela Vista). As vagas são limitadas e a inscrição custa R$ 70.O evento é voltado para estudantes e profissionais da Psicologia, do Serviço Social, do Direito, da Pedagogia, da Sociologia, da Antropologia e das demais áreas humanas, além de grupos de apoio à adoção e profissionais do Judiciário. A realização é do Grupo de Apoio à Adoção de São Paulo (Gaasp). Inscrições e mais informações no www.gaasp.org.br.
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Sábado tem sarau literário lésbico em São Paulo


Meninas que gostam de meninas prometem ter uma tarde bem agradável em São Paulo no próximo sábado, 19, a partir das 16h, no Fran’s Café da Chácara Klabin, com o sarau literário lésbico que Editora Malagueta vai realizar. O encontro é gratuito e você só paga as guloseimas e bebidinhas que consumir.As autoras Karina Dias e Andréa Ormond vão estar presentes no "Brejeiras no Café" para ler trechos de suas obras e quem quiser também pode ler alguma coisa que preferir. O Fran’s café Klabin fica na Rua Francisco Cruz, 583 (perto dos Metrôs Vila Mariana e Chácara Klabin.
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Orquestra Sinfônica de SP será comandada por maestrina lésbica


A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, a Osesp, anunciou que a partir de 2012 trocará Yan Pascal Tortelier como seu regente. A nova titular da mais prestigiosa orquestra brasileira será a maestrina norte-americana Marin Alsop, 54, que atualmente é diretora da Orquestra Sinfônica de Baltimore. A boa notícia para nossa comunidade é que desde 1990 a regente vive com sua parceira, a trompista Kristin Jurkscheit , e juntas tem um filho e falam abertamente sobre sua família. Quando foi regente da Orquestra Sinfônica do Colorado a relação com Kristin, que é solista até hoje da Orquestra, chegou a causar alguma controvérsia. Marin Alsop já regeu a OSESP em três oportunidades em 2010. Em 2007 foi a primeira mulher a conduzir uma orquestra sinfônica nos EUA.Alsop já foi a regente titular da Orquestra Real da Escócia e da City of London Sinfonia e tem o título honorário de Doutora em Musica da Bournemouth University. Em 2010 conduziu a Orquestra Sinfônica da Bélgica durante a Queen Elizabeth Music Competition.
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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

ELEIÇÕES 2012


Está sendo articulada uma chapa para disputar a prefeitura de Londrina no ano que vem. Marcelo Belinati,(PP)prefeito,e Thiago Amaral(DEM),vice. Ambos disputariam o pleito majoritário pela primeira vez. Thiago é filho do deputado Durval Amaral,chefe da Casa Civil do governo Beto Richa.


boca aberta

Deputada gaúcha vai desarquivar projeto de união civil


Reeleita deputada federal pelo PCdoB do Rio Grande do Sul, Manoela d’Ávila vai ser a responsável por tentar desarquivar o projeto de lei de número 4914/2009, que dispõe sobre a união entre pessoas do mesmo sexo no Brasil. A proposta foi arquivada no último dia 31 obedecendo normas internas da Câmara dos Deputados e só poderia voltar á pauta pelas mãos de um de seus autores, como no caso da parlamentar. Manoela se comprometeu a assumir o retorno do projeto à pauta da Casa depois de reunião, na última terça, 8, em Brasília, com representantes do movimento LGBT. O projeto foi elaborado pela Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) e encaminhado a 12 deputados que faziam parte da Frente Parlamentar Mista pela Cidadania LGBT.
pride

Abertas inscrições para congresso de sexualidade em Londrina


Já estão abertas as inscrições para o XIII Congresso Brasileiro de Sexualidade Humana, que rola no Hotel Sumatra, aqui na nossa Londrina, entre os dias 2 e 5 de outubro. Com expectativa de reunir pelo menos 900 participantes, o evento é uma promoção da Sociedade Brasileira de Sexualidade Humana (SBRASH). As inscrições podem ser feitas clicando aqui.

Psicólogos aprovam material do MEC sobre homofobia


O Conselho Federal de Psicologia (CFP) se posicionou a favor da distribuição pelo Ministério da Educação (MEC) de material educativo contra a homofobia nas escolas públicas de todo o Brasil. Alcunhada de “kit gay”, a iniciativa é voltada para alunos do Ensino Médio e é composta de vídeos que mostram o cotidiano de alunos LGBT. No mais polêmico, a trans Bianca se apresenta e se questiona por não poder usar o banheiro feminino, por exemplo.Segundo o Conselho, a iniciativa “representa material de vanguarda, pois são instrumentos de capacitação e formação continuada para o próprio professor. O kit reforça a atenção e cuidado com os temas transversais da educação nas relações de ensino-aprendizagem, como no caso do respeito à diversidade sexual”.A aprovação do Conselho Federal de Psicologia vai ser somada a outros documentos favoráveis à distribuição. Eles serão entregues pela militância ao MEC como forma de garantir e reforçar que o material seja distribuído e não seja barrado, como pede o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), da Bancada Evangélica no Congresso Nacional.
central

Reino Unido pode liberar uniões gays em igrejas



O governo britânico está se preparando para permitir que casamentos gays sejam realizados em igrejas. De acordo com matéria do "The Telegraph", ministros do Reino Unido irão propor uma mudança na lei, abrindo espaço para que casais homoafetivos firem uniões civis por meio de cerimônias tradicionais, celebradas por sacerdotes e com uso de elementos religiosos, como leitura de passagens bíblicas. A mudança foi iniciativa do Partido Liberal Democrata, que tem planos de suspender a atual proibição à união civil gay em locais de culto. A decisão está sendo celebrado por ativistas que lutam pelos direitos individuais, mas caiu como um raio na cabeça dos conservadores. A Igreja da Inglaterra não faz segredo com relação a seu posicionamento sobre o assunto. A instituição se comprometeu a não realizar uniões gays em seus prédios. Já Bento 16 disse no ano passado que o casamento entre pessoas do mesmo sexo estava entre os "desafios mais perigosos" enfrentados pela sociedade ultimamente.No entanto denominações importantes na região, como os Quakers e judeus liberais, apoiam a mudança. Desde 2005 o Reino Unido reconhece a união civil gay, mas as cerimônias precisam ser realizadas em ambiente secular.
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Cisne Negro é tenso e cheio de cenas lésbicas quentes


Natalie Portman (Nina) está bem doida mesmo em “Cisne Negro”, em cartaz nos cinemas brasileiros. Mais perturbada do que sua colega garota interrompida Winona Rider (Beth MacIntyre). Louca o bastante para abrir as pernas com vontade para receber um bom e profundo sexo oral de Mila Kunis (Lilly). Em meio a um suspense psicológico de fazer a mão fechar por longas cenas, o diretor Darren Aronofsky coloca o desejo lésbico como deslocamento da castração da bailarina vivida por Natalie.Também pudera. Filha de bailarina, ela carrega nos ombros o peso de realizar o sonho que sua mãe deixou para trás, alegando que saiu de cena para ter a filha. Uma mulher invasiva o suficiente para nunca ter deixado a filha trancar o quarto e fazer, sempre com aquele jeito doce de mãe, com que Nina seja uma bailarina perfeita, que brilhe e seja a estrela que ela, grávida, não pôde ser.O pano de fundo é o Ballet de Nova York, que está estreando uma nova versão de “O Lago dos Cisnes”, agora sob a direção de Thomas Leroy (Vincent Cassel, espantosamente com um ar cansado e velho). Nina tem que dançar como os dois cisnes: o branco e o negro. Aparentemente pura e calma, ela arrasa na hora de dançar o primeiro, mas ainda lhe faltam a malícia e o tesão para viver o segundo em cima das sapatilhas. Estrela da montagem, ela sente nas costas, literalmente, o peso de ter que se superar.Nas costas mesmo, porque no meio dessa loucura toda de Natalie Portman começam a nascer penas negras verdadeiras em suas costas, sempre arranhadas misteriosamente por uma força que você vai descobrir ser a propulsora do filme. Muito mistério e uma tensão psicológica das boas que só dá uma pausa na hora mais lésbica do longa. Lilly é a substituta de Nina, logo sua maior concorrente. Mas em vez de consequentes cenas de vingança, elas são responsáveis por imagens bem quentes quando se trancam no quarto se pegando enloquecidamente e se jogam na cama. Mila Kunis não se faz de tímida e arranca a roupa da colega, caindo de boca diretamente onde lhe interessa, fazendo Natalie se retorcer na cama de tanto prazer. Um orgasmo vem e ela relaxa, acordando atrasada para mais um ensaio.Filme para quem gosta de ser surpreendido a todo momento, “Cisne Negro” tem reviravoltas dignas de longas de Stallone dançadas na ponta dos pés com graça e leveza. O filme para Natalie Portman ganhar o Oscar agora em março próximo.
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