O ataque homofóbico sofrido em frente ao prédio de número 777 da Avenida Paulista serviu de mote para mais um Ato contra a Homofobia, realizado neste sábado, 19, a partir das 15h. Este Ato, como os outros dois anteriores (no Mackenzie e no Vão Livre do Masp, ambos em novembro de 2010) não foi promovido nem divulgado pelos tradicionais grupos ativistas e sim por comunidades no Facebook e no Twitter. Os manifestantes são jovens e bastante barulhentos.O Ato partiu da Praça do Ciclista (na esquina da Paulista com Consolação) por volta das 16h com quórum surpreendente (cerca de 500 pessoas, segundo a polícia militar) e forte proteção policial. Pouco depois dos manifestantes iniciarem sua caminhada em direção ao número 777, a senadora Marta Suplicy, o deputado federal Jean Wyllys e a Ministra dos Direitos Humanos Maria do Rosário se juntaram a eles. Os três fizeram discursos rápidos e foram exaustivamente fotografados. Marta Suplicy, sempre muito a vontade entre a comunidade, era só sorrisos. Ela tirou fotos com todos que chegaram perto, conversou com todos, e bradou todos os gritos de guerra (incluíndo aí "Eu também sou travesti" e "Eu também sou lésbica) e participou de todo o trajeto ao lado de Jean Wyllys muito sorridente. Jean, também bastante asssediado, foi outro que atendeu pacientemente a todos. Jean e Marta dividem a articulação pela criação da nova Frente Paralmentar LGBT em Brasília. O protesto seguiu lentamente até o número 777 da Paulista, onde em outubro de 2010 um grupo de cinco adolescentes espancou um jovem com um lâmpada fluorescente. O ataque covarde virou um símbolo da luta contra homofobia e pela aprovação do PLC 122 _projeto de lei que pretende criminalizar atos como esse e que foi recentemente desengavetado por Marta Suplicy no Senado. Em frente ao número 777, ocorreu um ato bastante simbólico. O Governo Federal acaba de lançar um selo onde se lê "Faça do Brasil um País Livre da Homofobia". Esse selo deve ser colado nos locais onde aconteceram qualquer ato homofóbico (como lojas, bancos, espaços públicos e afins) para que todos se lembrem da homofobia acontecida neste local. Preste atenção: esse selo foi criado pelo governo federal e lançado na tarde deste sábado na Casa das Rosas, na Paulista, pouco antes do Ato contra Homofobia sair às ruas. O primeiro selo, enorme, foi colado no número 777 da Paulista, graças ao simbolismo do cruel ataque ocorrido ali em 2010. A prefeitura de Gilberto Kassab foi informada de que a ministra Maria do Rosário e a senadora Marta Suplicy coloriam aquele selo grande na rua _o que poderia ferir a atual legislação que impede poluição visual nas ruas de São Paulo. Mas a prefeitura permitiu o ato. A Ministra Maria do Rosário quer agora distribuir cópias deste selo em todos os estados brasileiros para que ele seja colado em estabelecimentos que cometam atos discriminatórios contra homossexuais, lésbicas e travestis para que todos saibam que ali já ocorreu algo homofóbico. É uma iniciativa louvável.
pride
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