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segunda-feira, 8 de junho de 2009

MENTIRA TEM PERNA CURTA?


AMIGO BOCA ABERTA

Olá, está mensagem vai para você, que não se manifesta como realmente é, e que se esconde atrás de uma imagem que não lhe pertence, não assume o seu verdadeiro eu.

Leia com atenção, e faça sua propria reflexão.

Às vezes não, mas tem vezes que é tão aparente que o mentiroso é a vitima de seu próprio veneno. Claro que existem aquelas mentirinhas “inofensivas”, tipo: “Chefe o trânsito estava um horror”; “não deu pra eu ir, pois choveu e inundou tudo aqui em casa”, entre outras, que são para “defender-se” de um mal entendido e são chamadas de mentira utilitária. Mas tem gente que extrapola, que abusa da imaginação e cria tanta fantasia que, de tão absurdas, fazem a pessoa cair em descrédito e ser até motivo de chacota, recebendo apelidos de Pinóquio, entre outras coisas. Tem gente, você deve conhecer muitas delas, que sente uma vontade compulsiva de mentir, o que lhes proporciona o maior prazer, e essa tendência mórbida leva o nome de mitomania. Embora não seja oficialmente reconhecido pela psiquiatria este comportamento de desequilíbrio psíquico, na prática, existe. Há aquelas que usam o artifício da mentira por causa de sua baixa auto-estima, fantasiando e fazendo (ou achando que fazem) as pessoas acreditarem em seus devaneios. Quem nunca teve aquele “amigo” que ao você mostrar um cara interessante lhe diz: -Eu já fiz. Quantos? Essas mentirosas compulsivas podem apenas usar as mentiras como fuga de uma realidade que a perturba e às vezes até por pura sem-vergonhice e falta de respeito para com seu semelhante, pois querendo ou não, ao mentir para alguém, essa pessoa está querendo enganar a outra com falsidades, mas podem estar sendo enganadas por si mesmas, pois sua vítima pode muito bem saber das suas mentiras e se magoar por estar sendo desrespeitada por esta, que por vezes é uma pessoa muito querida. Agora, quem tem essa necessidade de mentir desenfreadamente, deve se perguntar o porque, pois se o caso dela for a mitomania o caso é bem mais preocupante que só o fato de ser uma “mentirosa inofensiva”, pois a mitomania é uma doença definida como uma forma de desequilíbrio psíquico caracterizado essencialmente por declarações mentirosas vistas pelos que sofrem do mal como realidade. A mitomania foi identificada, descrita e assim denominada há apenas um século, por um médico francês, o professor Ernest Dupré, psiquiatra e médico-chefe da enfermaria da Prefeitura de Polícia de Paris. De acordo com Dupré, a mitomania é descrita como vaidosa, malígna e perversa. E o professor Philippe Jeammet (Institut Mutualiste Montsouris, em Paris) diz que: "De um lado, o mitômano sempre sabe no fundo que o que ele diz não é totalmente verdadeiro. Mas ele também sabe que isso deve ser verdadeiro para que lhe garanta um equilíbrio interior suficiente. Em determinado momento, o sujeito prefere acreditar em sua realidade mais que na realidade objetiva exterior. Ele tem necessidade de contar essa história para se sentir tranqüilizado e de acordo consigo mesmo". "Contam-se histórias ao mesmo tempo em que se acreditam nelas. É também uma forma de consolo. Esse distúrbio tem sua origem na supervalorização de suas crenças em função da angústia implícita". Nesse contexto, a melhor resposta reside muitas vezes na implementação de um quadro de cuidados, que vai de um tratamento psiquiátrico do problema, que não se manifesta claramente, a um acompanhamento psicoterápico. Muito próximo da mitomania, encontra-se o delírio de devaneio, que caracteriza pessoas que vivem permanentemente num mundo de fantasia e de sonhos com temática megalômana, estas desenvolvem um “falso eu”. É necessário apoio psicológico para saber qual o motivo que as leva a fugirem da sua própria realidade. Nós adultos temos plena consciência dos nossos atos, mas aqueles que persistem em manter a mentira para benefício da sua imagem pública, para seduzir, para obter algum benefício ou até mesmo para evitar um sentimento de vergonha, há de parar e pensar o que querem da sua própria vida, para onde os leva o caminho que estão seguindo, e se, de fato, é isso que querem. Quando não forem capazes de solucionar a questão e não conseguirem parar com este mundo de mentiras, procurem ajuda profissional.

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