A 9ª Parada do Orgulho de Lésbicas, Gays, Travestis, Transexuais e Bissexuais de Campinas percorreu o centro da cidade durante a tarde deste domingo (28). O tema desta edição do evento, que luta principalmente contra a homofobia, foi “Direitos não têm idade nem sexualidade”. A concentração começou às 13h e a passeata terminou por volta das 17h, mas a programação teve continuidade com shows de MPB e performances de drag queens noticiou a EPTV.com.Seguidos por uma multidão animada, sete trios elétricos saíram do Largo do Pará e, ao som de música eletrônica, passaram por parte da Avenida Francisco Glicério, pela Avenida Moraes Salles e pela Rua Benjamin Constant. Ao chegar ao destino final, o Largo do Rosário, a drag queen Helloá Meirelles anunciou de cima do trio elétrico que o número de participantes do evento já chegava a 120 mil. “Campinas é nossa!”, aclamou a locutora, sob aplausos e gritos da multidão.A festa continuou com shows no palco montado no Largo do Rosário, onde o clima de balada colocou a maioria dos presentes no local para dançar. Entre eles, estava a universitária Raphaela Mucci, de 19 anos: “não parei um segundo, estou pulando desde as 3 da tarde... Isso aqui está maravilhoso, é uma festa linda!”, elogiou. Já o programador Elson Medeiros Pardo foi acompanhado dos amigos e garantiu: “esse ano a Parada se superou, olha quanta gente! Está bem melhor que a do ano passado... Fantástica, colorida, perfeita!”.Pelo quarto ano, a Parada foi puxada pela moto rosa de Dino Perez Martinez, de 50 anos. Famoso em Campinas, o aposentado se tornou uma das figuras tradicionais do evento e também já liderou três vezes a multidão na Parada do Orgulo de São Paulo, a maior do mundo. Atrás dele, o Grupo Identidade trazia cartazes e realizava performances. Uma das intervenções feitas na Parada incluiu a pichação de um “muro” de papel gigante com palavras utilizadas como xingamento a homossexuais, que foi atravessado pelas pessoas e rasgado.Como ocorre desde outras edições, a passeata teve participação não apenas da comunidade gay, mas também de simpatizantes da luta pela igualdade. Ao longo do trajeto percorrido pelos trios elétricos, era possível ver casais héteros e diversas famílias utilizando pulseiras estampadas com o arco-íris, símbolo do Movimento LGTTB (Lésbicas, Gays, Travestis, Transsexuais e Bissexuais).A advogada Patrícia Simone Xavier, por exemplo, levou sua filha de 8 anos, Nayara, para assistir à manifestação. “Ser gay não pode ser tabu dentro de casa, nem na rua, e a Parada reafirma isso”, explicou ela, “tenho muitos amigos homossexuais e acho importante que a minha filha veja a diversidade como algo normal, bonito”. Segundo a mãe, esta é a segunda vez que elas participam do evento junto ao pai da garota e amigos do casal. “Minha filha adora, ela está se divertindo bastante”, enfatizou.Com todas as cores do arco-írisMultiplicidade sexual, etária, social, racial... e de figurino! As avenidas percorridas se tornaram palco para que muitos desfilassem com plumas, perucas, chapeus cômicos, óculos brilhantes e principalmente fantasias. Entre as escolhidas pelos participantes estavam as de borboleta, soldado romano, onça, Mulher Maravilha, anjo, demônio, marinheiro, policial, índio, coelho, Branca de Neve e até mesmo Jesus – o qual portava uma cruz com a inscrição “Deus abençoa a diversidade”. Outras mensagens de apoio à causa LGTTB e de recriminação da homofobia apareciam em faixas e bandeiras. Alguns dos jovens também seguravam cartazes escritos por eles mesmos, com mensagens de amor, diversão e até pedidos de beijo.A 9ª Parada do Orgulho de Lésbicas, Gays, Travestis, Transexuais e Bissexuais de Campinas foi marcada por demonstrações públicas de carinho, protestos pacíficos, diversão e diversidade. Do início até a chegada ao Largo do Rosário, a manifestação aconteceu em segurança. De acordo com o capitão Marci Elber, da Polícia Militar, não foi registrada nenhuma ocorrência neste período. “Até agora, tudo tranqüilo”, constatou o oficial.Frequentadora “com orgulho” da Parada Gay na cidade, a executiva Silvana Jardins Nobrega, de 31 anos, acredita que o evento não inspira violência. “Estamos celebrando o amor, não o ódio! É uma luta positiva e não tem espaço para maldade aqui, só para felicidade. E sabe por que? Porque as pessoas são mais felizes quando amam. Tudo o que queremos com essa festa linda é mostrar isso para a cidade”, concluiu
terça-feira, 30 de junho de 2009
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