Um dia após o Plano Nacional de Combate a Homofobia ser lançado no Brasil, a França, em conjunto com a Noruega e Países Baixos promoveu na Assembléia Nacional de Paris, no último dia 15 de maio, o I Congresso Mundial sobre Direitos Humanos, Orientação Sexual e Identidade de Gênero. O evento foi organizado não só para marcar o Dia Internacional Contra a Homofobia, mas também para elaborar recomendações e desenhar estratégias internacionais para reforçar e prolongar a dinâmica a favor da Declaração relativa aos Direitos Humanos, a orientação sexual e a identidade de gênero, apresentada na ONU, em dezembro do ano passado, por iniciativa da França e dos Países Baixos. O Brasil é um dos signatários dessa Declaração, que já consta com 67 Estados e constitui um avanço histórico no âmbito do reconhecimento de luta contra as violações dos Direitos Humanos da população LGBT. Na oportunidade estava presente Alexandre Böer, do grupo SOMOS Comunicação, Saúde e Sexualidade, do RS, organização afiliada à ABGLT e a ILGA e o mesmo pode compartilhar a experiência brasileira, com uma fala ao Plenário, onde estava, também, Laudemar Aguiar, Ministro Conselheiro da Embaixada do Brasil na França. Rama Yade, Secretária de Estado da França, (foto ao lado de Böer) anunciou a criação de um Fundo específico, onde a França e a Noruega já se comprometeram com um orçamento inicial de 50 mil euros para auxiliar na sustentabilidade das ONG que trabalham no enfrentamento da homofobia e transfobia. Roselyne Banchelot, Ministra da Saúde da França, afirmou, também, que irá publicar em breve um decreto em seu país que irá retirar a transexualidade da classificação dos distúrbios psiquiátricos longos, que hoje figura sob o código LD23. Mas sem dúvida o depoimento do deputado Nitzan Horowitz, (foto) do partido social-democrata de Israel, foi um dos que mais emocionou a platéia, ao anunciar que foi o primeiro membro gay assumido a ser eleito no Parlamento de Israel e que sua luta tem sido não só no legislativo, mas, também, na busca por sensibilizar as autoridades de Israel para a construção de políticas antidiscriminatórias e amenizar o sofrimento dos LGBT da Palestina que pleiteiam asilo em Israel, em decorrência da homofobia no país vizinho.
quarta-feira, 17 de junho de 2009
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