Alessandra Bernaroli, 40, nasceu e se casou – no civil e no religioso - Alessandro, mas em 2009 fez a cirurgia de readequação sexual e se tornou Alessandra de vez, o que não havia lhe causado problemas até este mês, quando um tribunal da cidade onde mora, Bolonha, anulou seu casamento com sua mulher. E contra a vontade deles, que continuaram sendo um casal mesmo após a mudança.A anulação do casamento de Alessandra veio quando ela tentou regularizar seus documentos na prefeitura bolonhesa, trocando a identidade masculina pela feminina. Mas um funcionário anulou o casamento alegando não ser possível legalizar a união entre duas mulheres. "Pensei que fosse suficiente mudar o nome na certidão de casamento, mas eles decidiram que a gente tinha que se separar", disse ela à BBC Brasil.Em outubro, um tribunal da cidade de Modena, onde os casal celebrou sua união, já havia reconhecido que o casal tinha direito de permanecer unido legalmente. Mas a recente sentença do tribunal de apelação de Bolonha derrubou a permissão. O casal continua brigando na Justiça, no tribunal de última instância, para continuar junto. A sentença deve sair em até quatro anos. Mesmo não tendo uma lei que regulamente a união entre duas mulheres na Itália, ao mesmo tempo, segundo o advogado de Alessandra, Michele Giarratano, também não existe um alei que as obriguem a se divorciar. "Queremos que a Itália seja como o Brasil, por exemplo, onde as pessoas do mesmo sexo já podem conviver legalmente", diz Alessandra.
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