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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Rapaz baleado no Rio e testemunhas prestam depoimentos estarrecedores


Novos detalhes sobre o caso de agressão ocorrido logo depois da Parada Gay do Rio, neste domingo, 14, chegam à imprensa. Douglas Igor Marques Luiz, de 19 anos, foi baleado, possivelmente por um militar, próximo das pedras do Arpoador, no parque Garota de Ipanema.O Exército instaurou um Inquérito Policial Militar para apurar o suposto envolvimento de soldados na tentativa de homicídio do jovem. Militares do Forte de Copacabana são os principais suspeitos de balear o rapaz. O depoimento da vítima é estarrecedor. Douglas disse que foi baleado por um homem moreno, baixo e que falava com a língua presa. O criminoso usava uma pistola prateada. Ele e seus colegas foram abordados no parque por três militares, por volta das 22h15. Armados, eles batiam nas vítimas, exigiam documentos e ameaçavam denunciá-las às famílias. Segundo o depoimento, os militares deram tapas e apontavam uma pistola para a cabeça das vítimas.Segundo depoimento de testemunhas, são corriqueiras extorsões contra gays no parque. A prática é a seguinte: os militares abordam homossexuais que estejam namorando no parque e ameaçam de contar para suas famílias caso eles não dêem dinheiro. No caso de Douglas, ele teria dito que a família sabe que ele é gay. Depois de dizer isso, ele teria sido jogado ao chão e, de costas, foi baleado enquanto os supostos militares riam. "O militar perguntou se meu pai sabia o que eu estava fazendo. Eu respondi que sim. Ele disse que eu era uma desgraça para a humanidade, me empurrou no chão, sacou a arma e atirou. O outro gargalhava. Depois de atirar, ele me deu um chute e disse para eu vazar (ir embora)", afirmou o estudante.Douglas precisou andar baleado por 15 minutos até ser socorrido por policiais militares na Rua Farme de Amoedo. O Comando Militar vai apresentar fotos dos trinta militares que Estevam de serviço no Forte na quinta-feira, para que os agressores sejam reconhecidos pela vítima e testemunhas. Mas o Exército considera que os agressores possam ser do Batalhão de Choque da Polícia Militar, já que a vítima afirmou que o policial agressor estava de farda azulada, semelhantes às utilizadas pelos integrantes do Batalhão de Choque.
mix

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